sábado, 30 de agosto de 2008

EU, DOROTHY ou O CAMINHO DOS TIJOLOS AMARELOS






Quem é você?

Essa é a pergunta que vivo fazendo. Acho que todos já estão de saco cheio com o meu questionamento. Mas até onde você se conhece de verdade?

Sempre tive dúvida se devia me ocultar através de um pseudônimo, criar um alter-ego ou encarar de peito aberto e dando a cara à tapa. Pois bem, estou dando a cara à tapa. Já é difícil demais controlar uma personalidade, haja vista você não ser eternamente a mesma pessoa. Daí a máxima: Você não é; Você está.

Quem sou eu? Pergunto-me inúmeras vezes. Por que faço coisas e depois me arrependo? Por que deixo à mostra um temperamento explosivo, se na maioria das vezes sou uma pessoa extremamente gentil? Esses questionamentos não servem só pra mim. Servem pra você também.

Quem és tu?” – Pergunta a lagarta fumando seu narguilé.

A inconstância de sensações (não sentimento – isso é muito maior) típica do ser humano apresenta-nos diariamente a novos universos situacionais, o que nem sempre quer dizer uma coisa boa. Todo mundo experimenta isso. É a lei da causalidade – causa e efeito – ação e reação.

– “Tia Em. Tia Em. A senhorita...”
– “Agora não Dorothy. Vá para um lugar onde não cause problemas”

Um lugar onde eu não cause problemas.”

É, meus amigos. Acho que isso não faz parte do Kansas. Mas seguindo o caminho dos tijolos amarelos eu vou. Ver o Maravilhoso Mágico de Oz é a minha jornada. O problema é que sempre existe uma Bruxa Malvada do Oeste conspirando e falando: “Veneno. Veneno. Veneno”. Nossa sorte é existir a Bruxa Boa do Norte, entregando-nos um sapato de rubi e indicando o caminho para a Cidade das Esmeraldas.

Sabe qual é o maior problema? É que se eu tivesse cérebro eu não me meteria nas encrencas que entro. Não arranjaria mais problemas que os que já tenho. “Se eu pudesse ter um cérebro...”

Pode ser também que o fato de eu não ter coração complique as coisas um bocado. Agindo de forma insanamente egoísta você não consegue olhar qualquer situação de forma mais ampla. “Sem coração estou vazio. Se eu pudesse ter um coração...”.

De que me adiantaria ter cérebro e coração se me faltasse à coragem? Coragem para encarar todas as dificuldades de cabeça erguida. Sem medo de dizer o que penso, o que sinto e o que quero. Mas... “Eu sou um covarde. Eu sempre tenho medo”.

Ah, se eu tivesse coragem!

O que é que iria fazer? – Diga-me. Ande. Diga-me seu frouxo. Não iria fazer nada. Pois você não sabe o que é isso.

O quê? Pois bem. Vou dizer. Se eu tivesse coragem eu iria conseguir um lar.

É. Como? Derretendo a bruxa com água e roubando sua vassoura.

Exatamente. Vou criar coragem e provar que mereço a recompensa.

E daí? O que você vai conseguir com isso?

Não importa. Sei que aprenderei. Todas experiências nos dão algum aprendizado.

Então está certo. Você tem que aprender sozinho. O que você aprendeu?

Aprendi que não é o fato de bater três vezes nos calcanhares com os sapatinhos de rubi e repetir três vezes que “Não há lugar melhor que o nosso lar” que realmente nos transportamos para o nosso lar. Pois sei que devo procurar no fundo do meu coração. Se as pessoas que amo não estiverem lá é porque nunca foram realmente minhas.




Feliz é o Totó.





As persianas clichezadas não filtram a poeira dourada. Esse escritório às vezes dá a impressão de um pardieiro suspeito”.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

REFLETINDO-ME ou APENAS MAIS UMA


Quisera eu ser um gênio
De uma lâmpada
Gênio

Desejos teus realizaria
Quiçá até aumentaria
A paciência
Aquela tão gasta com o tempo
Aquela tão rara
Como a rara vida
Rara

Difícil a metamorfose não seria
De ambulante à megalomania
De um empresário a um Wicca – feitiçaria

Pena não ser santo
Mesmo que sangue chore
O sangue azeda
Sede não mata
Deixa cheiro, rastro, mancha

Mancha mais um canal
Um canal lacrimal
Uma estação de TV
Uma TV em que pudesse te ver
Te ver e te ter
E nada a fazer
O impossível era pra ser
Real
Real ficção

Ponte sem função
Com-fusão
Com funções
Ligar dois pontos
Duas colinas
Dois morros
Dois corações

Meu coração
Ligado ao seu está
Mesmo que tenha que apelar
Pra pobres rimas
Pobres

Pobres dos tolos corações
Corações que duvidam do poder que tem
Sem saber que deles é que vêm
A chama da vida
Mesmo uma bandida vida
Vida Louca
Vidas passadas

De vidas passadas conheço
Teus olhos pequenos
Teu jeito criança
Teu sorriso bobo
Teu olhar de pidona
Menina bobona
Bobona menina
Que de menina odeia ser chamada

Chamada de meu amor
Minha flor
Meu bebê
Te dou vários nomes pra escolher

Só quero ser o seu
Bobo
Garoto bobo
Microfone na mão
Sem nenhuma razão
Razão nenhuma que diz
Numa terra feliz
Pudor onde não sei
Cantando “Robocop Gay”

Garoto impossível
Metido
De atenção – centro
Centrismo – Ego
Super
Super – Eu
Super-Ego
Super-Homem

Homem
Apenas que sou
Sem luz própria
Apenas refletindo
Refletindo o que quero
Refletindo o que sou
Refletindo a luz
Luz do meu amor

É que eu preciso dizer que eu te amo... Tanto.Tanto. Tanto... Te quero tanto”.

SEM PALAVRAS ou O CARA


Somos o que podemos ser?
Somos
Somos grandes
Maiores que cavaleiros
Maiores que incríveis
Maiores que o céu
Somos nós

Somos um Espírito Santo
Um Batista genial
Um Rafael meio boçal
Um boçal por completo
Uma Castanha política
Uma política holandesa
Fumando nas praças
Praças da escola
Do professor do Ano
Do ano inteiro
Inteiro ano
Um professor Salviano

Salve as aulas da monotonia
Carmina Burana clamaria
Por uma Odisséia no Espaço
Ulisses a James pediria
Um Tang
O garoto tem sede
Sede de conhecimento

Conhecimento meu
Que do Photoshop é pouco
Pouco faço por um grande amigo
Mas no braço sairia com um Wookie
Pelo meu amigo Luc

Que falar dele?
Todos concordariam
Por ele
Pra uma guerra iriam
Matariam quem se atrevesse
A mal falar de seu nome
Pois o “mago” é mais que um homem
Copo cheio que esvazia
Ao teu lado
Por mais um ataque que se ia
A lágrima que escorreria
O ombro que encontraria
Um conselho
Um colo
Um consolo
Uma lição

Lição de vida
Minha geração é pouco
Chamaria de louco
Quem não eternizasse
A mente brilhante de um filósofo chato
De um bobo-eco
Eca, desprezo
Você
Se não reconhecer
O talento de um cara humilde
Que sucesso encontrará
Hollywood reconhecerá
Do contrário
Azar... de Hollywood

Seu corpo já foi de docente
Já foi de discente
Do Corpo Discente
Quatro anos é pouco
De convívio com um raro decente
Descendente da História

Da História
Curso
Curso da vida
Deu-nos você
Figura incrível
Incrível é falar
Falar de você
Falar sem chorar
Sem me gabar
Por ser seu amigo

Escreveria um livro
Retratar eu iria
Que sua sacra barba vi tirar
Pra no meu casamento entrar
Meu padrinho
Meu amigo
Meu irmão
Digo a você e aos de alma pequena
Que numa noite pouco serena
Me viu chorar
Querer morrer e bobagens dizer
Não sou Rocha
Choro
Não sou Deus
Nem um Cordeiro
Sou feliz por inteiro
Por amigos ter
Amigos como você preciso
Amigos que ao meu lado estão
Amigos com coração
Que viram adjetivo
Então
Se tiver um grande amigo
Pode chamá-lo de NILSON
Melhor definição não encontrará
Se o conhecer seu amigo
Agradecerá
Como agradeço eu
Obrigado amigo meu
De uníssona voz
Amigo de todos nós
Gritaria em bom som
Amamos-te Nilson.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

EU NA PRIMEIRA PESSOA ou PALAVRAS DE HOMEM


De onde vêm os sentimentos?
Por que motivos nós sentimos determinadas coisas?
Por que tem horas que queremos mandar todos se fuder?
E por que têm outras que queremos “beijar o português da padaria”?
Quem sabe?!
O certo que pra maioria das emoções a razão não tem explicação, ou tem? Seríamos maníacos depressivos por termos variações de humor? Seríamos sociopatas se sentíssemos vontade de estraçalhar a cara de quem nos importuna?
Ninguém é perfeito, eu sei. Você é? Bem... Deixa pra lá.
Voltando a falar de sentimentos... Essas coisas estranhas que mexem com nossa cabeça e com nossas sensações físicas ...
Frio na barriga, palpitações, mãos frias, mãos suadas, rosto avermelhado, quente, pegando fogo... Não preciso explicar, eu sei, vocês entendem o que estou falando. Vários sentimentos dominam nosso corpo... Mas... Hoje me deterei no amor e no ódio.
Calma! Ódio é uma coisa muito forte, e amor... Bem, de amor todo mundo fala (algumas vezes até sem ter a menor noção do que se trata).
Para um escritor (pseudo, é melhor não forçar) é comum falar de sentimentos. Sobretudo dos seus (mesmo que se esconda). Se existe um sentimento que reúne amor e ódio este sentimento é o ciúme.
Certa vez li numa dessas revistas deveras construtiva, que projeta sua mente pra um universo um tanto quanto mais iluminado, que te leva a atingir o nirvana (nem que seja através de Smells Like Teen Spirit) ... A seguinte citação: “O ciúme não sabe nada, imagina muito e tem medo de tudo”. Bem, compadres, parece frase de auto-ajuda (e é), mas concordo em gênero, número e grau (expressãozinha clichê, hein?). Dando-me um direito supra, faço uma pergunta: Seriam os ciumentos pessoas burras, dotadas de baixa auto-estima, carentes de confiança (em si e no parceiro), medrosos ou algo do gênero? Responda como quiser, não tenho uma opinião totalmente fechada e/ou centrada sobre o assunto. Como disse, falo de sentimentos e isso não tem muita razão.
Confissão é ótimo pra escritores baratos como eu (perdeu Fabio Hernandez, roubo de bordão de mestre não é crime). Então, confesso. Sou ciumento. É estranho admitir, mas sou. Ciumento pra Car@%#o. Será que sou burro, pouco dotado, medroso...? Pra responder explicarei como Roger, “o cara” do Ultraje. O cara tem um QI de 144 (barra?!), posa nu (Bem, azar o dele. Mas você se garante?), é o maior astro da história do Rock Gol da MTV (Eu sei, eu sei. Isso é queima), compôs músicas memoráveis (outras sensacionais e menos conhecidas, mas o gosto é meu), por que motivo ele seria ciumento? Caras como ele não tem motivos pra se acharem burros, com baixa auto-estima, medrosos... E, é aí que mora o perigo. Um trocinho conhecido como inveja, meus amigos. Inveja é... Como poderia dizer de forma sutil... Complicado. (Não que inveja seja tudo, é ululante)
Tenho um QI de mais de 133, 1,84m de altura, calço 43, minha família e meus amigos me adoram e me respeitam (apesar de eu ser essa pessoa extremamente simples e humilde), minha mulher... Minha mulher é MINHA. Ai de quem olhar pra ela ou eu... (Calma, Rafael. Calma. Respire fundo. Passou).


Não! Eu, ciumento? Imagina?!

Meu bem me deixa sempre muito à vontade. Ela me diz que é muito bom ter liberdade. Que não há mal nenhum em ter outra amizade. E que brigar por isso é muita crueldade.”

Mas eu...

Mas eu me mordo de ciúme. Mas eu me mordo de ciúme”.

Não vejo explicação lógica pra isso. Mas se alguém se exibir demais faço isso.

Veja o vídeo. Se demorar compra um computador melhor e bota banda larga.







Concordo que não é coisa mais civilizada no mundo. Mas não conheço Jedis pra que me emprestem algum sabre-de-luz. Porém, não há motivo de pânico. Saí do Jiu-Jitsu faz tempo (Não que eu tenha perdido o jeito, mas...).



Sentimento é isso. Totalmente sem explicação. A ponto de me fazer escrever sobre o assunto. Embora o sentimento seja aquilo que te move a fazer as coisas. É o que te mantém vivo. É o que mantém vivo. O que me mantém vivo. No meu caso - O AMOR.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

MORRERIA ENTRE TUAS COXAS ou LIQUEFAZIA EM TUA BOCA

Estou asfixiando
Minha respiração extinguiu há tempos
Os trêmulos nervos do meu corpo latejavam
Como latejam as veias do meu sexo

Sua boca angelina me enlouquece
Seus lábios carnudos me sorvem
Eterneço dentro de sua boca

Seus olhos azuis
Seu aristocrático nariz
Sua cútis perfeita
Seu rosto
Tudo meu


A confiança de sua sombracelha me intimida
Me excita
Sua cara de má
Me endurece
Enquanto minha fragilidade a molha

Me segura pelos braços
Me domina
Sente-se dona
De todo meu corpo – dona

É só o que quer
Sem nomes
Sem amor
Só dominação e prazer




Pernas compridas, torneadas
Ginástica, musculação e escalada
Coxas grossas, músculos pulados
Eu aliso
Sinto-a escorrer pelas pernas

Passo a língua no seu sexo
Lambo-o como um garoto

Escuto gemidos, gritos
Sua boca envolvente, enquanto grita
Quer minha língua
Suas pernas seguram minha cabeça

Em seus poucos pêlos descanso
Subo um pouco
Sua barriga encontro
Seu umbigo, seu piercing, minha língua
Um encontro, uma interseção

Beijos fortes, quentes
Seus gemidos, escuto
Até seus seios eu vou

Aperto, beijo, coloco-os na minha boca
Bicos duros, belos
Grandes e arredondados seios
Silicone de mulher moderna e confiante
São seus peitos
Emprestados apenas para meu deleite

Sua boca, beijo
Lábios grossos, língua afoita
Respiração ofegante
Gostosos beijos, lambuzados

A penetro
Suas coxas são minhas
Ela grita
Crava suas perfeitas unhas vermelhas em minhas costas
Ela quer sangue
Eu...empurrar

Estocadas alternadas
Velocidades aceleradas, ora diminuída
Eu empurro, ela grita
A forte mulher lacrimeja

Meus dedos em sua boca
Ela chupa
Me excita
Aumento a velocidade

Suas coxas, aperto
Seus gemidos
Ela não quer o fim
Me prende
Meu sexo com seu sexo
Meu corpo com suas coxas

Estou cansado
Me entrego
Ela domina
Cavalga
Pula
Grita

Uma musa ivete em meu corpo
Seus seios em meu rosto

Com um olhar safado
Tira meu sexo de seu corpo
Olhos azuis que me fitam
Mordendo o grosso lábio inferior
Suas sombracelhas, então relaxadas
Assusta-me ainda mais

Minha excitação ao extremo
Meu sexo duro em sua mão
Brinca
Passa pelos seus volumosos quadris
De uma só vez, se penetra
Gritando

Empurro
Várias vezes empurro
Quero minha morte entre suas coxas

Ela levanta
Fica de quatro
Mostra-me seu belo corpo
Alisa-se
Sorri
Sorriso sacana

Vejo suas grandes e grossas coxas
Suas ancas divinas
Seus siliconados seios inclinados
Seu olhar safado
Mais uma vez a penetro
Seu sexo
Seus quadris
Várias vezes
Seus gritos

Domino a musa
Quero suas coxas ivete
Ela domina
E minha morte...
É em sua boca angelina

domingo, 24 de agosto de 2008

PALAVRAS SOLTAS ou LOUCURAS EXPRESSAS








Mente confusa
Pensamentos soltos
Apatia
Neurose
Regeneração
Degeneração
Agonia
Agitação
Vômitos
Convulsão
Loucura
Inferno
Confusão
Labirintos
Rodopios
Caleidoscopia



Gritos
Gritos
Gritos


Ar
Respiração
Oxigênio
Transmutação




PAREM!!!




Kafka
Baudelaire




Mosca?
Borboleta?




Ópio!
Haxixe!
Vinho!

Pedra!
Flor!
Espinho!



"O poeta não morreu. Foi ao inferno e voltou."



Acordei.



PAREM!
PAREM!
PAREM!



Dèja vu!!!



Dúvida?!



Sou um sábio chinês... ou borboleta outra vez?



Duas palavras...





NÃO SEI!!!

PRIMEIRO ARTIGO CIENTÍCO ou A SÍNDROME DO PATO DONALD


Quando estamos prestes a ser pai (ou mãe) desejamos mais que qualquer outra coisa que nosso filho nasça sem nenhum problema físico ou mental. Porém, algumas doenças só se manifestam quando o bebê se transforma em criança, melhor ainda, quando ela começa a tomar suas próprias decisões. A anomalia não é muito aparente. Entretanto, você percebe quando passa a conviver com pessoas que sofrem deste mal. Geralmente elas são pessoas inteligentes e auto-suficientes, que na maioria das vezes nem desconfiam que têm o problema. Esta doença é muito pouco estudada. Chama-se Nanismo proveniente de boçalidade congênita. Diferente do nanismo tradicional, o portador da doença consegue atingir estaturas normais. Admiti pra mim mesmo que eu tinha essa doença há algum tempo. Porém, meus pais já desconfiavam desde o início de minha adolescência. Ela também é conhecida como a síndrome do Pato Donald.




Como é conhecido por todos, o Pato Donald é o personagem de Walt Disney que é sempre perseguido por tudo e todos. Sempre acontece alguma coisa com o Donald para estragar seu dia. É óbvio que o Donald não é nenhum santo, mas convenhamos, na maioria das vezes ele não merece o que acontece com ele. Mas o que o Donald e o raio dessa doença esquisita tem um com o outro?
Bem, amigos... Quando um portador da mal-falada doença está em crise, ou seja, quando algo vai de encontro ao seu sentido de justiça, o doente pula feito um louco com as mãos fechadas em posição de ataque, esbravejando insanidades incoerentes, tal qual o Donald (utilize sua memória que você me compreenderá).
Mas... Voltando a explicar o mal me aflige... O nanismo ataca quando você depois de uma crise descobre que... Os charutos foram comprados para o seu aniversário... Quero dizer o seguinte... Todo aquele ódio que te consumia... Todos os insultos proferidos... Foram totalmente desnecessários. Então, você começa a encolher, miniaturizando-se, ficando a ponto de cair por uma pequena fresta qualquer no piso. O maior problema não é nem o fato de você diminuir. O maior problema é você não ter tamanho ou até mesmo hombridade suficiente para reconhecer seu erro e dizer – ME DESCULPA.
Segundo, o Rei do Crime (personagem de Stan Lee, presente nas histórias do Homem-Aranha e do Demolidor) – “Nobody is inocent” . Contudo, tal afirmativa não faz de você um herói, ou um justiceiro. Mas...



Caros amigos, hoje assumo a todos vocês... Sou portador da Síndrome do Pato Donald. Os médicos não descobriram nenhuma cura. Mas estou atrás dela. Então... O que devo dizer... Reconheço tudo e ... PERDÃO.

ONDE ESTOU O QUE FUI? ou AS PALAVRAS DE LOURENÇO

Quando se deve parar de viver para o futuro? Nunca? Sempre? Bem, é meio confuso. Pode ser que nem eu esteja entendo direito a minha própria pergunta. Vou tentar explicar.
A maioria das coisas que fazemos é para garantir um futuro, digamos, estável. É pieguice (falo muito essa palavra) dizer que vivemos num mundo globalizado, sem lugar pra todos e apenas os melhores sobrevivem nessa selva... blá blá blá blá blá blá blá... Isto nos impulsiona a viver em prol do vil metal. Mas onde fica o nosso prazer, a nossa paixão, a nossa ideologia, os nossos sonhos?
Lamento informar amigo, mas se seu sonho é ver um mundo mais justo, mais humano, com menos diferenças sociais, econômicas e educacionais – vá dormir agora e continue sonhando.
Não quero ser seco com minhas palavras. Porém, depois da “crise da razão histórica” é meio (pra não dizer muito) complicado acreditar num mundo melhor. Conheço, como sei que vocês também conhecem, inúmeras pessoas que tentam garantir sua estabilidade financeira através da loteria denominada – Concurso Público. É frustrante passar anos na faculdade, estudando como um louco, gastando pilhas de dinheiro comprando livros, tirando cópias (todo mundo sabe que é ilegal, mas...), perdendo manhãs, tardes, noites e madrugadas estudando... e no final... Bem... no final...

Oi. O que andas fazendo?
– Passei no concurso da Caixa. Só estou esperando ser chamado. E tu?
Bem, eu não fiz esse porque tava estudando pra Polícia Federal? Agente, sabe? Dá mais dinheiro.
– E o mestrado, tais fazendo?
E, cara. Desisti. Arrumei um trabalho e não dava pra conciliar, fora que tem o cursinho pro TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá. É cadastro de reserva, mas pode ser que chamem até 2012.
– Boa sorte, então. Bom te encontrar. Quem sabe a gente não bota nosso papo em dia sobre política e economia como fazíamos nos barzinhos da vida universitária. Eu fazendo Filosofia e você Ciências Sociais. Tinha também aquela galera de História, lembra?
Como não? Como poderia esquecer? Pode ser nostálgico... Mas, como na música... Belos tempos. Velhos dias.




Bem, amigos (Estranho. Isso me fez lembrar o Galvão Bueno), como diria Lourenço (Personagem de Selton Mello no filme “O cheiro do ralo”, adaptação do livro homônimo do cartunista Lourenço Mutarelli) – “A VIDA É DURA”.

Se você acredita que não é bem assim. Que só os fracos desistem dos seus princípios e das suas ideologias (isso existe no plural?)... Bom pra você. Infelizmente, os dirigentes da Companhia de Distribuição de Energia Elétrica, o proprietário do apartamento que moro, a Wallmart e o Abílio Diniz, não aceitarão o meu IdeologiaCard. Embora, ele me dê até 40 anos de reflexão grátis. Depois disso é cobrado uma anuidade de um ano da sua vida, para o resto dela, para você pensar e ver quem é você, ou pelo menos em quê ou quem você se transformou.

Os escravos servirão. Viva a Sociedade Alternativa”.




sábado, 23 de agosto de 2008

PRIMEIROS ESCRITOS ou A INSPIRAÇÃO VEIO DO ISMAR


Sempre fui totalmente avesso a essa história de blog. Achava que era uma moda. Algo que todo mundo tinha, pois todos queriam ser vistos e ouvidos, nesse caso, lidos. Então, contrariando a "lógica", deixei meus pensamentos guardados em minha caixa craniana. Mas tem horas que a gente não agüenta mais guardá-los. As sessões de terapia e análise são insuficientes para todo o desabafo preso em seu interior. Aprendi a ler e escrever sozinho com meus gibis da Turma da Mônica. Com 5 anos de idade era considerado muito inteligente por saber "isso" e "aquilo". Sempre acreditei que seria escritor. Mas... A vida nos traz caminhos... Bem... A gente escolhe os caminhos de alguma forma. Tanto que escolhi criar um blog ao invés de manter meus pensamentos apenas para mim. Talvez mantê-los para mim fosse algo de um egoísmo estúpido, mas também poderia ser um imenso favor da minha parte com a sociedade, ou melhor, com os meus leitores (tenho algum?).
Bem... Não tem nenhuma arma apontada pra cabeça de vocês. Pelo menos não por mim.
Voltando, pra não ter pensamentos como os de James Joyce, descompassados e disritmados.
Assisti um documentário no festival de cinema de Pernambuco deste ano, chamado Ismar. Ele contava um pouca da vida de Ismar Tirelli Neto enquanto criança e o que ele é hoje. Minha curiosidade (e minha memória) me impulsionaram a pesquisar sobre o garoto, hoje homem, Ismar. Dei de cara com uma mente inquieta - produtiva. Tão assaz ou mais que quando criança. Uma coisa mexeu fundo comigo. A ontologia e a filosófica pergunta do "Quem é você?". Esse é meu universo. Meu universo paralelo se comparado a loucura da vida cotidiana. Mas, para o "grande" Júlio César, "o filósofo é um covarde perante os duros imperativos da vida". Covarde ou não, ser ou não ser é uma pergunta sempre inquietante. [...] Peço desculpas e licença ao Ismar e a 7 Letras para exemplificar o que digo - "Cantor, dramaturgo, poeta: quem é Ismar Tirelli Neto? Criança-prodígio, personagem de tv, tema de filme, blogueiro voraz, e agora estreando em livro com Synchronoscopio, mais uma aposta poética da 7Letras: este rapaz ainda vai dar o que falar!"
Ao ler isso pensei - "Escritor, contista, poeta, roteirista, desenhista, professor, historiador, filósofo, empreendedor: quem é José Rafael Monteiro Pessoa?" Uma coisa é certa, sou e não sou todas essas coisas. Não leciono mais. Não tenho tempo nem criatividade para escrever sequer uma carta carinhosa para minha mulher. Desenhar, então... Não que eu tenha algum talento para qualquer um desses ofícios... Mas tenho paixão. Sou um frustrado? Bem... Tudo na vida não passa de perspectivas e não de expectativas. Leiam "Calvin e Haroldo" que vocês me entenderão melhor.
Sinto-me renascido - vivo. Minha insônia pode ser mais produtiva. Nem que seja para eu postar alguns pensamentos soltos de minha mente noir. Muito obrigado Ismar (menino e homem).