terça-feira, 12 de maio de 2009

GRITOS PRESOS ou O QUE É UM TÍTULO?

Post dedicado ao aniversariante do dia 13 de maio, o rubro-negro Rodrigo Carrapatoso, que teve a sorte e o privilégio de vir ao mundo no mesmo dia do aniversário do SPORT CLUB DO RECIFE.




Foi lamentável.


Infelizmente jogo não é justo.


Não existe Deus no esporte.


No futebol nem sempre o melhor ganha.


Isso é verdade. Se o melhor ganhasse eu estaria comemorando uma bela vitória. Mas...

Tenho um orgulho enorme em dizer que nasci em Recife, Pernambuco. Sou torcedor do Sport Club do Recife. O melhor e maior time de futebol da história de todo o norte e nordeste do Brasil, o dito país do futebol. Muito embora para mim, como um nordestino, o Brasil em si não me representa, haja vista ele ser feito por e para sulistas (leia-se, sobretudo paulistas e cariocas).
Sei que terei que ficar mais uma vez com um entalo na garganta. Novamente graças ao Palmeiras. Depois daquele 2X1 na extinta Copa dos Campeões em plena Maceió-AL (nordeste) no ano 2000. Perder para um Palmeiras que tinha como seu maior ídolo o jogador Basílio foi tão frustrante quanto ouvir os fogos de artifício e os gritos de torcedores do Santa Cruz e do Náutico com o término dos pênaltis do jogo de hoje.
É ululante que nenhum torcedor adversário precise torcer pela felicidade de um time algoz. Mas, infelizmente, pior que receber gozações de amigos é ser humilhado em rede nacional, tendo que ouvir despautérios que minimizem a qualidade de um time espetacular. Se quiserem enaltecer o trabalho do goleiro Marcos eu respeito. Foi o Sport contra Marcos e sua sorte. Bom para ele. Santo forte o do goleiro do pentacampeonato mundial.
Perdemos nos pênaltis, é verdade. Perdemos 2 jogos para o Palmeiras, empatamos outro e vencemos o último. Infelizmente não foi suficiente.
Ganhamos o título de honra da Copa Libertadores da América de 2009. Fomos os melhores dentro de um grupo batizado como o “Grupo da Morte”. Éramos o único time que não sabia o que era ser campeão da Libertadores. Ainda não sabemos. Mas todos os torcedores do Colo-colo e da atual campeã LDU sabem a força que tem o Leão do Norte. Ganhamos todos os jogos contra as equipes estrangeiras. Transformamos o Grupo da Morte no Grupo do Sport.
Não tenho mais uma estrela em meu peito. Tenho várias. Por isso agradeço ao Magrão, ao Dutra, ao Durval, ao Igor, ao César, ao Sandro Goiano, ao Hamilton, ao Andrade, ao Moacir, ao Daniel Paulista, ao Luciano Henrique, ao Paulo Baier, ao Fumagali, ao Ciro, ao Wilson, ao Vandinho e a todos os outros atletas do elenco do Sport que ajudaram a nos dar enormes alegrias. Agradeço especialmente ao professor Nelsinho Batista que foi um grande treinador para o meu clube e, sem nenhum lamento ou demagogia hipócrita eu digo: Valeu, mestre.
Não estamos nas quartas-de-finais, fomos derrotados, mas perdemos pela falta de sorte. Pior é ir para as quartas-de-final graças a um W.O. estúpido e preconceituoso. Isso é o Brasil, isso é a América, isso é o mundo.
Entre risos e lágrimas eu digo que foi ótimo está lá. Foi um lar. Um lar de jogadores e torcedores vitoriosos. Não existem grandes guerreiros no Sport, pois guerras não fazem grande ninguém. Existem grandes homens no Sport e como homens são falhos. Mas suas falhas não apagam seus feitos. Obrigado Luciano Henrique, Fumagalli e Dutra. Se não fossem por vocês não saberíamos nem o que era uma oitava-de-final de Libertadores. Temos mais motivos pra nos orgulhar de tê-los em nosso time que para culpá-los de qualquer coisa.
Emoção é emoção. Eu tenho a minha. Estou sofrendo muito pela desclassificação, mas estou muito feliz por saber de verdade o que é lutar contra tudo e todos e dizer: SOU CAMPEÃO.

Parabéns por mais um aniversário Sport. É aquele coisa de inferno astral que atrapalha.
Obrigado Sport. Por ter feito milhões de pessoas se sentirem campeãs.


SPORT – CAMPEÃO MORAL DA COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA DE 2009.



"Pra mim o meu Sport é religião... Sport, Sport uma razão para viver"

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A UM MESTRE ou MUITO ALÉM DO SILÊNCIO


Muitas vezes me questiono sobre o meu verdadeiro “eu”, mas no momento não quero falar nada ontológico, metafísico, nem divagar sobre a crise existencial.
Devido a atitudes que não valem à pena comentar, farei uma cirurgia em minha mão direita, logo, estou escrevendo “maneta” e de teimoso. Contudo, não faço idéia de como seria a minha vida sem papel e caneta (Bem, sei que tem várias formas de escrever e tal, mas... vocês me entenderam).
Freqüentemente (Sai daí trema, você não existe mais) encontro velhos conhecidos nesse imenso mundo de 10 acres e logo a mágica pergunta vem à boca:
- E aí? O que estás fazendo?


Putz grila! Sai dessa agora, Rafael!


Bem, dependendo de como vão me interpretar e do meu humor no momento, me acharão mais um loser do universo... Como no meu já falado ditado iídiche favorito: “O homem é o que é; não o que foi”.

Então... Já fui inúmeras coisas. Fui pesquisador do CNPq durante grande parte da minha graduação do curso de História na UFPE; banquei o arqueólogo participando de algumas escavações (velhos tempos; dias não tão belos); dediquei dois anos de minha vida no Tribunal de Justiça de Pernambuco; fui professor de História, Filosofia e Sociologia em diferentes instituições, entre elas o Colégio de Aplicação; fui consultor de História numa empresa de softwares educacionais de médio porte; fiz uma penca de cursos e palestras e por aí vai.
Entretanto, algo dominou minhas emoções – A VAIDADE.
Eu era apenas um nerd (não careta) de amigos inteligentes, cultos, buscando alguma coisa. Trabalhava e estudava razoavelmente, mas dinheiro passava bem longe. Sabemos que educação no Brasil é... Deixa pra lá.
Em conversa com um amigo resolvi ser empreendedor. O sucesso e o dinheiro vieram... e a derrocada e o fracasso vieram mais rápido ainda. Perdi ABSOLUTAMENTE tudo, inclusive o que não tinha. A vaidade e a imaturidade me destruíram.


Agora assumo, aos trancos e barrancos, que sou um escritorzinho barato (Interpretem como quiserem. Como diria um personagem meu: Apenas 50% do que vocês leem é o que realmente penso. Os outros 50% é a sua interpretação).
Neste mês de maio três escritos meus estão saindo em livro (livros diferentes, só pra constar). Uma crônica, um conto e uma poesia. Ou seja, não sou tão ruim. Contudo, espero ter aprendido o que a vaidade já me proporcionou e mesmo que um dia eu consiga alguma coisa e ser alguém na vida, eu não deixe nada me subir à cabeça.
Embora eu tenha consciência que odeio sintetizar as coisas e que meus textos parecem discursos castristas [Sou historiador, fazer o que? (Já existe essa profissão?)], todas as palavras são necessárias. (Por favor, Nilson, não reclama.)

Li, não lembro onde (É pedir demais. Minha memória é boa, mas tem limites), que o homem desenvolve grande parte de sua personalidade até os sete anos de idade. Tenho uma personalidade forte e devo muito à herança genética familiar. Contudo, queria dizer a um homem (ou a uma família) que admiro de longe, que aprendi muito com ele quando estávamos pertos. Um ex-vizinho de dez anos de rua. Uma grande pessoa.

Lembro de seu sotaque, de sua barba, de seu cigarro, de seus amigos, de sua visão política, de sua religião, de sua cerveja, de seu baralho. Enfim, tem coisas que nunca esquecemos. Tempos atrás esbarrei nesse homem próximo ao Banco Real de Bairro Novo, em Olinda, olhei em seus olhos azuis (se minha recordação não estiver me traindo), ele me devolveu o olhar e continuou caminhando. Sinceramente fiquei surpreso ao vê-lo. Ele estava mais velho, sem sua barba, parecido e diferente ao mesmo tempo. Surpreendi-me inclusive com sua altura. Para um garoto de cinco anos qualquer adulto é enorme. Mas para um adulto de 1,84m... nem tanto. Porém, ele continua sendo enorme para mim. O vi na TV algumas vezes (Como diria a minha mulher – todo mundo que eu conheço é famoso) e sempre fico feliz ao vê-lo. Ele é um grande jornalista e bem mais que isso. Pai de quatro filhos tem no primogênito um colega de profissão, um jornalista bem conhecido na área. (Sobre o filho) O jornalista Tiago Medeiros (seu colega de trabalho) uma vez o descreveu como um baixinho semi-careca arretado com o mundo. Hoje é professor de uma faculdade no Recife e produtor na maior emissora de TV do nordeste. Tira ótimas fotos também.
Tanto o pai quanto o filho talvez não se recordem claramente de mim. Não tem importância. Jamais os exclui de minha memória. O nacionalmente famoso Ivan Lessa diz que “a cada quinze anos esquecemos os últimos quinze”, eu (perto dos 30) faço questão de sempre recordar dos meus quinze iniciais.


Em Pernambuco existe um idealista que busca preservar a sua memória. A vital memória para a construção da história e de sua identidade. Basta você entrar no http://pe-az.com.br/ que saberá do que estou falando.


Não sou muita coisa, mas sei que devo parte de quem sou a família “Veras” – Lumi (Só para constar tem a mesma profissão que minha irmã), Rita, Lia, Joana (Olá linda colega!), o inexorável Chico Feitosa (Nome de um gênio da música brasileira) e o GRANDE... MARCOS CIRANO.

Não sou jornalista, não sou historiador ativo, sou apenas um escritorzinho barato. Mas já sei o que quero ser quando eu crescer. Quero ser MARCOS CIRANO.


Abraços fraternos e beijos a todos.


Sou eu que vou seguir você do primeiro rabisco até o beabá

sábado, 2 de maio de 2009

DE NOVO ou FUCK ME AGAIN

Caros amigos (Ha, ha... Desta vez fugi do "Bem, amigos"), infelizmente estou com minha mão direita quebrada novamente. Logo, meus post estarão cada vez mais limitados.
Como historiador sei da fundamental importância dos arquivos. Como fuçador da vida alheia (no bom sentido) sei da utilidade do lixo doméstico para o conhecimento "ário" da humanidade. Para isso, dou de presente meu lixo. Um post de agosto do passado ano http://pensamentossoltosdeumamentenoir.blogspot.com/2008/08/primeiro-artigo-cientco-ou-sndrome-do.html
Por enquanto é só. Ao lerem o post entenderão como quebrei a mão. Farei um cirurgia em breve. Torçam pela minha melhora.
Obrigado!
"Mas meu amigo volte logo..."