quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O CAMINHO DO VELHO É O MENINO ou DEDICATÓRIA: A RAFAEL

LEIAM TODO, POR FAVOR!


Dois dias e será finito esse ano. O vigésimo nono ano da minha vida.

O que será que fiz desse ano de 2010?

O que será que fiz dos últimos 29 anos?

Bem, o que posso dizer?

Continuo sendo um escritor de gaveta. Isso pra ser bonzinho comigo, visto que minhas grandes obras imaginárias continuam perdidas entre os pensamentos tolos e meus devaneios sexuais.
Muitas vezes acho que sou um grande filho-da-puta (Mãe, isso não tem nada a ver com você... Ah! E Freud é um otário pervertido... Eu sempre preferi Jung mesmo), acomodado com as constatações que a vida é uma merda e a grande questão filosófica é o “cometer ou não o suicídio?”.
Sou um puto corrompido pelos 7 pecados capitais e uns outros 700 que vem surgindo desde a aurora dos tempos. Fico devaneando ao olhar pro teto, fumando inúmeros maços de cigarros imaginários, assistindo seriados enlatados e torrando alguns milhares de Reai$ em compras na internet com produtos que raramente consumo.
Sou um PREGUIÇOSO, viciado no ócio ostracista, numa cama quentinha, num quarto gelado, numa TV gigante, em desenhos do Batman, nas HQs clássicas, nas Skol, Bohemia, Devassa... na boemia e nas mulheres devassas.
Que tipo de homem eu seria se não curtisse a luxúria das femme fatale dos clássicos noir?
Sou o Marlon Brando do Último Tango de Paris.
Sou o Edward Norton do Clube da Luta, perdido nas superficialidades de uma vida sem ou com prazeres mesquinhos e limitados.

Constatações poéticas vêm em mente.

Pecado nº 6

Enquanto a maresia meus eletrodomésticos destruía
Pouco a pouco minha consciência corroia a luz da hipocrisia

Feijões na panela fria
Um gordo menino e a barriga vazia
Literatura em gaveta
Trepadas de canto de muro
Canto pra uma morte besta
Mais um coração obscuro

Pecado nº 5

Quero cama
Quero silêncio
O som da voz de ninguém
Quero descansar
Sono R.E.M.
Sono dos Justos
Mais além
Sem velar sonos
De inimigos
Ou do meu bem

Uma simples ode a preguiça
O querido ócio ostracista
Nas visões mais futuristas
Meus sonhos transcreveriam
Minha realidade metafísica

Sou fã do pecado capital
Qual o mal?
Deitar e dormir
De todos os pecados
O original
Agora é noite
Benção e tchau

Mais devaneios.
Devaneios?
Realidade.
Realidade?

Você quer enganar quem Rafael?
A realidade é uma ilusão. Tudo é ilusão.
Matrix pura.

O revólver está na minha mão”.

Rafael, você fala tanto de Shakespeare, Raul Seixas, George Orwell, Kafka, Zigmund Bauman... Todos eles tomaram atitudes. Você é uma fraude. Um gordo lama acomodado pra caralho, conformado com os prazeres das drogas lícitas, que vive mentindo pra si mesmo e dando uma de coitadinho pra que sintam pena de você.

Atitude, homem.
Vá correr.
Pare de tomar refrigerante, sorvete e comer pizzas diarimente.
Pare de dormir tanto.

Lembra de Cato?

O filósofo é um covarde perante os duros imperativos da vida”.

Pois bem, amigo.

Lembra o que Shakespeare fala dos covardes, não é?

Morrem os covardes muito antes de morrerem. Os bravos provam da morte uma única vez”.

Então, Rafa. Vire Fênix.

Eu sei que ressuscitar é ter que voltar e ré é andar pra trás. Mas quando passamos do ponto ou erramos a entrada a ré é a melhor solução na maioria das vezes.

Resolver problemas dos outros é fácil.

Pra que caímos, mestre Bruce? Pra aprendermos a nos levantar”.

Pra os que caíram como eu. E pros que acham que o mundo tem muito pra melhorar... 2010 é finito. Mas 2011 está aí.

Cada instante é uma nova oportunidade pra virar a mesa”.

FELIZ ANO NOVO... Seja lá o que for felicidade pra você. Eu vou à caça da minha.

Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual/ Eu do outro lado, aprendendo a ser louco/ Um maluco total/ Na loucura real

sábado, 4 de dezembro de 2010

AMIZADE: QUANTO VALE OU É POR QUILO 2 ou BANCANDO O DR. HOUSE

Uma amiga blogueira escreveu há pouquíssimo tempo sobre amizades sinceras, questionando sobre quando encontramos e quanto verdadeiras elas são. Ultimamente venho questionando a mesma coisa. Já cheguei inclusive a escrever sobre esse tema aqui no blog ( http://pensamentossoltosdeumamentenoir.blogspot.com/2010/05/amizade-quanto-vale-ou-e-por-quilo-ou-o.html). O fato é que “amigos” vem e vão. Alguns duram o tempo do convívio, ou seja, enquanto estivermos confinados num alojamento, somos amigos-irmãos-para-sempre. Um dia depois: “Quem é mesmo aquele cara?

Esta terça-feira, dia 30 de novembro, foi meu último dia de atividade num trabalho temporário, ao qual me dediquei por 4 meses. Nesses 4 meses conheci inúmeras pessoas. Com algumas delas encontrei inúmeras afinidades. De fato, gostaria que nossas “amizades” perdurassem. Mas não sou tão criança. Farei 30 anos em alguns meses, logo, conheci muita gente e sei que colegas de colégio e trabalho são como biscoitos, duram algum tempo, mas tem prazo de validade.

Não quero parecer sarcástico ou cruel. Mas não me iludo mais. Sei que amigos são difíceis de conquistar. Sempre fui muito mais amigo dos outros, que os outros foram meus amigos. Doei-me muito aos meus amigos. Poucos se doaram para mim. Não serei injusto. Já tive ajuda de algumas pessoas muitas vezes. Mas como falei: tudo tem um prazo de validade.

Faço “amigos” com a dificuldade das entregas sexuais das “moças” da Pracinha do Diário (conhecida praça do centro do Recife-PE, onde é comum a presença de mulheres que ganham dinheiro [ou passes de ônibus ou um maço de cigarros] em troca de favores sexuais em qualquer horário). Não sou mais visto como o antipático de tempos atrás. Hoje sou o extrovertido que conversa até com os “mudos”. É bem mais difícil encontrar pessoas que não gostem de mim que noutros períodos. Bem, pode ser que as pessoas finjam que se relacionam bem comigo, tal qual um reality show. Infelizmente não temos os vídeos para posteriormente entendermos os momentos em que nossas orelhas pegavam fogo. Sendo sincero, acho que não assistiria nenhum desses vídeos, caso existissem. Pra quê eu iria querer me magoar?

Outra constatação sobre amizades é a que vem de tabela. Vou explicar. Quando você se relaciona amorosamente com alguém, seu núcleo de amigos se expande. Contudo, com o fim do relacionamento esse núcleo volta ao estado original.

Como acreditar nessas amizades, então?

Tenho cerca de 140 amigos no Orkut. Mas só um realmente é meu amigo.

CALMA, GALERA!!!

Vou explicar.

Tenho poucos seguidores aqui no blog, mas um aparece 3 vezes... Quem será?

Embora eu saiba que ele raramente lê o que eu escrevo. Mas ele fala isso olhando nos meus olhos. Ele é o cara que fica do meu lado e dorme enquanto estou contando uma história. Ele é meu último grande amigo (sem aspas).

Meses atrás, ouvi uma “grande amiga” falar que sou consequência, ou seja, ela era amiga da minha mulher, eu vim de bônus. É meio um foda-se para os meus sentimentos. Bem... o que não me mata...

O que quero dizer com tudo isso?
Falar que amizade não existe, que é tudo bobagem?

Não. Só quero sinceridade. Odeio mentiras.

Não quero um simples desejo de felicidades no meu aniversário ou nas festas de fim-de-ano.

Quero sinceridade.

Desejar felicidade é simples. Mas o que vem a ser felicidade?

Normalmente quando encontramos alguém, a clássica pergunta salta a boca – “Tudo bem?” Automaticamente vem a resposta – “Tudo”.

MENTIRA!!!

Duplamente mentiras.
Primeiro: Raramente a pergunta é feita com sinceridade.
Segundo: Ninguém tem a vida perfeita, ou seja, não está tudo bem. Mas ninguém está interessado na merda dos seus problemas.

Foda-se, velho. Você e seus problemas. Já estou preocupado demais com os meus problemas. Guema, guema, guema... Cada um com seus problemas.

Não sou o Dr. House, mas convenhamos...

Putz.
Acho que peguei pesado com esse desnecessário post.

Pra falar a verdade, até que foi leve. Sem nomes. Sem nada, comparado a tudo que já vi,vivi e ouvi e houve realmente.

Gostaria de verdade de tirar todas as aspas da palavra – “amigo”. Até lá...

AH!!! Antes que eu me esqueça. 

Eu amo todos vocês. Não guardo mágoas de quem amo. 



Hoje você é quem manda / Falou tá falado

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ATRÁS DAQUELA NUVEM ou OS SONS QUE ME ATORMENTAM

O dia tava completamente cinza.
Não!
Apenas a foto.
Era sépia.
Preto e branco, talvez.
Tenho certeza – Colorida.
O dia – Radiante: Sunshine Day.
Sombrios eram apenas meus atormentados pensamentos. Loucos, vinham e iam, como se nada fizesse sentido, como se tudo que pudesse ser dito e feito já fosse passado, criado e recriado e minhas ideias não tivessem mais nenhum sentido de partir do plano do intangível para a prática.

Assim nossa consciência nos transforma em covardes... e as empresas de maior alento e importância deixam de ter o nome de AÇÃO”.

A sede é imensa.
Vi um anúncio de coca-cola que fez minha bocar salivar desesperadamente.
A sede estava morta. Apenas o desejo da neve branca se fez presente.
Quero coca.
Como um menino de rua, talvez a cola já tivesse de bom tamanho.

Não importava qual fosse o fator alucinante.
Apenas o desejo de perder a consciência me movia.
Quero me teleportar para outros planetas. Qualquer lugar onde as vozes não atormentem meu juízo enquanto escrevo ou leio parcas e desnecessárias linhas.

Não sei você... Serei curioso... Vou perguntar...
Você escuta vozes enquanto ler?
Fica algo na sua mente narrando a estória?
Você imagina as diferenciadas vozes?
Menino, menina, homem, mulher...?
Bem, talvez apenas eu seja louco... Claro que não. Você também é.

Tenho alguns amigos blogueiros que não conheço pessoalmente, logo, não tenho a menor ideia de como sejam suas vozes, mas imagino. Se estou perto da realidade ou a anos-luz dela... quem sabe?!

Talvez eles também olhem essa velha imagem de perfil e se perguntem...
“Como será esse sujeito pessoalmente?”
“Será uma figuraça?”
“Um cara depressivo?”
“E a voz dele, como é?”

Bem, a minha personalidade é incógnita.
O meu “eu” de verdade, também.
Busco respostas a vida toda.
Como se elas de fato existissem.

Quem me conheceu, tipo, de agosto pra cá, acredita que sou o palhaço da turma.
O cara que fala sem nenhum problema de desarranjos intestinais, sem pudores sexuais, que bola piada do nada, que tem tiradas dignas de um stand up comedy... Talvez eu seja isso. Mas talvez eu seja apenas o Pagliacci (leiam Watchmen). 

O pecado preferido do Diabo é a Vaidade.
E é justamente nessa fogueira que nós nos perdemos.
Nos perdemos de nós mesmos.
Tal qual a volatilidade química de pensamentos quimeros.
Vai ver nem sou tão inteligente.
Nem tão culto, eu sou.
Não! Eu não conheço esse filme.
Eu juro! Nunca li esse livro.
É lenda, meus amigos... fiquem tranquilos... meu pau não é muito grande. (Mas não falha)

Como diria Renato Russo – “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.”

Não sei vocês... mas tem dias que as tão imaginativas nuvens escondem os mais iluminados dos sóis.


Quando o sol bater na janela do seu quarto / Lembra e ver

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NEM AOS TEUS PÉS ou AS MULHERES DE NOSSAS VIDAS


Era pra ter postado este texto muito tempo atrás... Mas... Vocês me conhecem.

Algumas vezes, enquanto assistimos a TV, somos apresentados a pessoas que nos passam imagens de seres humanos fantásticos. Não por serem celebridades, mas por serem seres humanos. Obviamente que sempre iremos admirar a voluptuosa moça da capa da revista, o galã romântico da novela das oito, o pop star do momento e o melhor atleta de todos os tempos da última semana, como nos diria uma música titânica. Contudo, celebridades são passageiras, a fama e o sucesso também são passageiros, igual ao livro do Sidney SheldonNada Dura Para Sempre. Embora, do alto da minha subeloquência, ouso discordar do criador da Jeannie é um gênio, pois, os grandes fãs duram para sempre. Não obstante, inúmeros fanatismos são despropositados, mas nunca o daquelas pessoas que sempre estiveram do seu lado, seus grandes amigos. Desses grandes amigos, os maiores são os que limpavam suavemente seu bumbum gordinho quando você fazia algo que com toda certeza não cheirava muito bem. Eles também entendiam cada choro, fosse o de fome, dor, ou mesmo um soluço manhoso implorando pelo colo quentinho da mamãe.

Quando folheio uma revista ou acesso uma página virtual, penetro num outro universo, um universo paralelo que pouquíssimas, íssimas, íssimas pessoas vão entrar literalmente. Conheço alguns jovens com graaandes talentos, e imagino, “Poxa! Como seria bom vê-los nesse seleto grupo”, como diria os franceses, no “La crème de la crème”. Falo isso com a sinceridade de um pai zeloso (embora biologicamente ainda não seja pai), não a de um primo desconhecido que gosta de aparecer tal qual o papagaio de um pirata. Sobretudo, pelo fato deste humilde escritor marginal, algum dia poder se transformar num escritor de verdade, haja vista Paulo Coelho ter escrito o maior best-seller brasileiro da história, aos 30 anos. Best-seller esse, que começou com uma tiragem de 900 cópias e hoje já vendeu mais de 60 milhões pelo mundo a fora, traduzido para 67 línguas diferentes. Mesmo que alguns discordem de sua literatura, ser considerado por muitos como “O” escritor, é no mínimo louvável.

Mas, voltando ao corpo do texto...

Quero falar de uma família especial que conheço. Não tão bem como gostaria. Mas a vida sempre se encarrega de deixar o universo em equilíbrio.
Acredito que após mais de quatro anos de convívio social, me apresentei melhor para essa família em setembro deste ano, como essa família se apresentou melhor para mim também. Embora, como toda família normal, composta de homens e mulheres, neste relato não tratarei de seres que dividem o mesmo sexo que eu. Falarei de três meninas que são mulheres, ou melhor, de três mulheres que são meninas, independente da idade biológica que tenham.

Nenhuma história é estática, ela sempre está sendo escrita, independente de quão belo e vitorioso seja o seu passado. Essas meninas já têm um passado incrível, mas, como o mundo não secou completamente meus olhos, vejo um futuro ainda mais dourado, ainda mais verde, ainda mais forte.

Dia após dia escrevemos nossa vida. Se desistirmos, estamos dizendo calados: “Moço! Falta um pouquinho mais de areia aqui do lado direito.” Mas enquanto estivermos vivos, continuamos lutando.

Acho que Dona Ivonete, ou melhor, Tia Dedete, me falou bem deste sentimento ontem, e, hoje ela sabe que sempre existirão educadores sonhadores como ela, que não se cansaram, nem se cansarão enquanto não transformar animais racionais em seres humanos de verdade. Bem como Ceça Vasconcelos, ex-jogadora da seleção brasileira de basquete, hoje compreende melhor que não importa quantas cestas fizemos, nem quantos jogos ou títulos conquistamos, um dia seremos “ex”, mas não no mais importante... Não existe ex-mãe.

Mãe, independente do plano que esteja, é para sempre. Mãe é a maior de todas as mulheres. Mãe é primeira mulher da vida de qualquer menino. Mãe é a fonte da vida. Mãe é a base, é o seio, é o tronco, é tudo. Independente de quantos filhos seu ventre gere, mãe será sempre mãe.

A terceira menina que me inspirou a unir caracteres alfanuméricos e formar frases neste dia chama-se Ingrid Vasconcelos. Uma garota de 16 anos com beleza e estatura de top model, que me fez parecer um anãozinho de jardim, mesmo eu tendo como estatura 1,84 m. Didi é uma menina grande que vem ganhando o mundo e que a gente vai ver na TV inúmeras vezes, devido ao seu talento como jogadora de basquete. Mas, como toda adolescente, fica vermelha ao ganhar beijinho/besourinho da mamãe na barriga em local público. Como minha idade fica entre a da mamãe Ceça e a da filhinha Didi, compreendo o sentimento das duas. Não plenamente, mas compreendo. E no futuro, as palavras não serão mais as minhas, mas as da própria Ingrid, quando expressar publicamente para seu filho ou filha, a forma mais pura e sublime do que vem a ser o amor e o carinho de uma mãe.

Isso, mesmo com toda sensibilidade que eu possua, não saberei demonstrar o que vem a ser. Embora eu saiba bem o que é sentir. Por isso tenho várias mulheres como as mulheres da minha vida – minha mãe, minha avó, minha irmã, minhas tias, minhas sobrinhas e, a mulher que escolhi para ser a mãe do meu filho, passando para ele todo amor que só uma mãe pode dar.

Como um homem digo que a criação mais perfeita de Deus foi a mulher, e do altivo de sua perfeição divina, ele descobriu como deixá-la ainda melhor, transformou-a em mãe. Mas, segundo a minha mãe e a minha avó, amor de mãe só perde para amor de . Então, meninas/mulheres, continuem a amar. E obrigado por nos amar.

Garotos como eu sempre tão espertos. Pertos de uma mulher... São só garotos”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VIRGINIANOS VIRGENS ou VIRGINIANAS VIRGENS


Virginianos virgens, visionários visitantes, virtuosos viris, vivem visualizando vitórias vacantes
Virginianas virgens verbalizam vaniloquências vaticínias
Virginianos virgens valorizam valentia, valsistas vagueando, vaporosos vestidos
Virginianas virgens vangloriam verdades viscerais
Virginianos virgens, ventríloquos versejantes, vilões vigaristas, vigilantes vigorosos, vingativos, violentos virgíneos
Virginianas virgens, virtuosas viciadas, vocalizam vivas volúveis
Virginianos virgens voluptuosamente velam velhas viúvas
Virginianas virgens vestem-se vagabundosamente vorazes
Virginianos virgens veneram vampiricamente virilhas venenosas
Virginianas virgens verdascam vaidosamente valiosos vassalos
Virginianos virgens vasculham vizinhas vadias, vermelhas vaginas
Virginianas virgens viajam vertiginosos vôos vãos
Virginianos virgens voltam vigorosos, vistosos, vitalícios
Virginianas virgens voltam, virgindades vitimadas  

MAIS DO MESMO ou RETURNS AGAIN


Rafael, por que será que as pessoas deixam de acreditar em você?

Primeiro: Porque você não acredita também.
Segundo: Você só fala, fala, fala, fala, fala, fala, fala...
Terceiro: Qual é a pergunta?
Quarto: Deixa pra lá.

Bem, amigos (tão ingratos quanto eu), mais uma vez vou tentar voltar. Então...

Baby come back, any kind of fool could see

sábado, 4 de setembro de 2010

CAMINHANDO NO MEIO FIO ou RETICÊNCIAS MIL

Possivelmente eu não sou o primeiro nem o último blogueiro que passa uma quantidade excessiva de dias sem postar absolutamente nada. Minha mente fervilha inúmeras vezes com pensamentos que vacilam entre o amor tátil e as realidades intangíveis.

Ultimamente eu olho pras coisas que escrevo e vejo que a grande maioria das coisas possui um tom confessional, talvez por isso esse blog singelo seja tão anti-atraente. Não que as pessoas não tenham sua curiosidade atiçada com as confissões que rolam pela blogosfera mundo afora. Muitas vezes corremos o risco de caminhar por tênues linhas, seja qual tênue linha for. Ora podemos parecer pedantes, arrogantes ou boçais, arrotando a cultura que consumimos pelos anos que temos. No meu caso, a cultura doce e amargamente ingerida por 29 anos completados hoje. (Parabéns, Rafael! Obrigado!)

Nesse momento vivo o período de latência entre os aspiros criativos e a inércia que emana por cada átomo do meu flácido corpo.

De fato, gostaria de mostrar o tempo inteiro as coisas que passam pela minha cabeça, mas, como vocês (alguém ainda lê o que escrevo?) podem ver... Apenas reticências ficam aparentes.

Bem, amigos (desta vez sem o chato do Galvão), em breve vou postar uma poesia virginal para lembrar a vocês que ainda sou um escritor... Escritor marginal, mas escritor.

Saudade de vocês, e, sobretudo, saudades de mim.


Eu... Caçador de mim.

sábado, 24 de julho de 2010

EU: MAIS DO MESMO ou NOIR: NÃO FUI EU, FOI MEU EU LÍRICO


Quando criei esse blog, de forma totalmente despretensiosa, meu objetivo era ter uma atividade para as minhas madrugadas de insônia, assoladas pelas preocupações da vida que eu possuía. Era uma forma de terapia, bem como o desenvolvimento de um espaço para eu postar as loucuras literárias que passavam pela minha cabeça. Com o tempo, os “Pensamentos Soltos de uma Mente Noir”, acabou se tornando o local onde eu extravasava meus pensamentos soltos, literalmente.
O cara reservado, ora extrovertido, avesso a internet e a excessiva exposição que ela proporciona, muitas vezes maculando imagens e servindo para que canalhas abusem da fragilidade de inúmeras pessoas, entrava na blogosfera. Como falei, certa vez, tinha horror a “blog”, “Orkut” e seus semelhantes, visto que essas ferramentas virtuais servem para que outras pessoas saibam muito sobre sua vida particular e sua personalidade. Em agosto de 2008, criei esse blog e uma conta no Orkut, porém, tenho escrito muito pouco por aqui, sobretudo, por deixar de lado quase tudo que começo... Pausa pra um parêntese... (Estou revelando traços da minha personalidade com o que acabei de escrever? Estou dando margens para que me julguem e tracem um perfil de um certo “Rafael”? Bem, não tenho uma única comunidade no Orkut, pois não gosto que me conheçam superficialmente. Embora, no blog é diferente, qualquer coisa digo que não fui eu, foi meu eu lírico.)
Sim, mas... voltando... A busca do auto-conhecimento (ainda tem hífen?) sempre foi uma das minhas maiores obsessões. Tento descobrir todo dia quem sou, enlouquecendo-me, e, levando milhares à loucura comigo. Como a lagarta do narguilé, inquiro – “Quem és tu?”. Essa sempre foi a frase que se encontrava na parte final da página deste singelo espaço. Bem, não sei se todos sabem quem são, “eu só sei que não sei. A verdade quem sabe não diz”, haja vista – “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo, do que ter aquela velha velha velha opinião formada sobre tudo, do que ter aquela podre e velha opinião formada... formada por toda essa babaquice que está aí existindo e parando sobre nossas cabeças... Esta lama que a gente engole e não faz nada... nada... mas, esse caos de gente é um sinal de que algo está pra acontecer”.
Pensamentos Soltos de uma Mente Noir” tem inúmeras marcas registradas, uma é o título (sempre duplo, com um “ou”), outra é a frase final (sempre trechos de música ou livro), e, finalmente, as minhas divagações e viagens psicodélicas, meio filosóficas, meio cômicas, meio... “noir”. Contudo, como comentou uma vez, aqui mesmo nesse blog, uma graaaaaande amiga – Elyne – isso aqui tudo é um manual para conhecer mais o Rafael. 
Como fiz novos amigos esta semana, dedico a eles este post. 

Prazer em conhecê-los!

São pensamentos soltos traduzidos em palavras. Pra que você possa entender o que eu também não entendo”.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ENTRE OS PECADOS E OS PENSAMENTOS ou À ESPERA DO ECLIPSE

No meu aniversário de 2008, ganhei da minha prima Ju um livro de auto-ajuda chamado “Não leve a vida tão a sério” de Hugh Prather.
Na sua sinopse é dito que “A vida não precisa ser tão complicada quanto insistimos em torná-la. A simples decisão de não se agarrar aos problemas pode melhorar - e muito - nossas vidas. É isso o que Hugh Prather nos mostra, com humor e clareza, neste livro. Ele escreve sobre as dificuldades do dia-a-dia e nos dá ferramentas para contorná-las, mudando o que há de mais importante na vida: nossa atitude mental e a forma de reagir aos inevitáveis contratempos. Seus ensinamentos são baseados em histórias reais que nos deixam com a sensação de já ter passado por aquela situação ou testemunhado algo parecido. Você aprenderá soluções práticas para dar um basta às preocupações e ao medo, e se libertar de tudo aquilo que impede sua felicidade”.
Na época Ju era minha assistente na empresa-dor-de-cabeça-causadora-de-danos-psicológicos-punk-rock-hardcore que eu possuía. Ju presenciou meu desespero recorrente inúmeras vezes, decidindo, então, que não havia presente melhor para meus 27 anos. Embora eu abomine esse tipo de literatura. Sua preocupação comigo foi louvável, sempre fomos mais de perturbar um com o outro do que nos preocuparmos. Nossa relação ficou mais estreita desse tempo pra frente. Entretanto, passado quase dois  anos desse aniversário, posso afirmar categoricamente que não levo absolutamente nada a sério há bastante tempo. Talvez desde a época da minha adolescência, quando estudar não era tão importante pra mim. Levei minha graduação “nas coxas”, não trabalhei até 3 meses antes do meu casamento, passei a gastar mais do que ganhava, tive épocas que bebia mais álcool que água, negligenciei amigos e familiares, logo, todos que amo, meus pais, minha mulher, meus avós, minha irmã, e, sobretudo, a mim mesmo. Passei a comer bastantes porcarias, parei de praticar exercícios, engordei como uma solteirona de meia-idade, bem como deixei de acreditar nos meus ideais e nos meus sonhos.
Sempre fui de ter grandes ideias, mas de pouquíssimas atitudes. Minha mulher e meus amigos acreditam muito mais em mim que eu mesmo. Passei por momentos que apenas assistia seriados americanos e outros que só jogava Paciência no computador, não tendo uma única fonte de renda qualquer. Era o auge da depressão. Essa maldita doença da sociedade pós-moderna. Talvez nada que eu escreva faça meus parcos leitores entender o que quero dizer. Então, farei uso de uma frase nada ortodoxa. Puta-que-pariu é foda. Perdoem-me pela grosseria. Mas estou muito puto comigo mesmo. Fico assim sempre que reflito sobre os rumos que dei para a minha vida. Tantas palavras ficam sem serem ditas por simples preguiça ou descaso, tantos livros pra ler, tantos filmes para assistir, tantas músicas pra ouvir, tantos lugares e pessoas para conhecer, tantas coisas que eu podia consertar, tantas vidas que eu podia melhorar, sobretudo, mais uma vez, a minha.
Estou eternamente envolto pelos sete pecados capitais do cristianismo, segundo São Tomás de AquinoVaidade, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria. É isso, fui vaidoso e arrogante muitas vezes, desejei e ainda desejo ter a coragem e a dedicação de pessoas que admiro, explodi de raiva e magoei muita gente, não apresento disposição sequer pra levantar da cama, fui mais egoísta que qualquer outro virginiano, comi como se fosse morrer no dia seguinte e me dediquei ao meu próprio bem estar. É mais ou menos assim que analiso a situação. Com 2% para mais ou para menos. Mas como sempre, no fundo, no fundo, desejo mudar, pois do fundo do poço não posso passar. Tudo ficará mais claro no esperado dia do eclipse.

Desorganizando posso me organizar

sábado, 29 de maio de 2010

AMIZADE: QUANTO VALE OU É POR QUILO? ou O PODER DE UM SLOGAN


Esperei bastante tempo pelo dia 28 de maio para escrever sobre o que penso sobre a amizade. Infelizmente não pude escrever ontem devido a limitação das horas. Possivelmente nem de longe eu consiga realmente expressar o que eu sinto. Sobretudo porque esqueci tudo que queria dizer de verdade. Decepcionei-me com quase todos que chamei de amigo em minha vida. Talvez eu também não seja um bom amigo. Algo é certo, jamais faria propositalmente algo para magoar quem quer que fosse. Até meus inimigos respeitam meu caráter e me julgam ser uma boa pessoa. Ontem foi o aniversário de um ex-grande amigo. Um amigo que me matou dentre dele por termos juntando dois elementos que raramente combina: amizade e dinheiro. Quando seu amigo vira seu sócio, às vezes perde-se um amigo. Eu perdi tudo. De quebra ganhei dívidas e uma enorme dor no peito. Queria muito poder voltar no tempo, desfazer tudo e dizer que a única coisa que me importava era a sua amizade. Minha família tem bastantes mágoas dele, assim como imagino que a família dele deva me julgar mal. Espero que um dia tudo isso passe.
Essa noite sonhei com ele, estávamos na praça de alimentação de um shopping conversando. Eu dizia – “Eu sei que isso é um sonho. Você não quer mais falar comigo.” Ele me respondia – “É claro que você está sonhando. Do contrário eu não estaria na sua frente.” Eu concluí dizendo que só queria saber como ele estava e como estavam os filhos dele. Nisso um garçom chegou e pegou no meu ombro e falou – “acorda”.

Foi frustrante. De fato estava sonhando.

Essa é uma amizade que sinto totalmente responsável pelo seu fim. Embora jamais esquecerei os bons momentos que vivemos juntos e de como ela foi importante.

Não costumo guardar mágoas e rancores dentro de mim, há certo tempo venho tentando me poupar de um câncer e poupar o mundo de mais energias negativas. O que não implica dizer que sou um santo, mas busco ser um bom cidadão, um ser humano de verdade.

Sempre fiz as coisas visando compartilhar, dividir. Dizem que dividindo se multiplica. Você pode achar que sou um inocente, um bobo, o elo fraco da cadeia alimentar. Tudo bem, não ligo mais pra isso. Sou durão quando acho que devo ser, mas com o tempo e a diminuição da testosterona tenho me tornado mais tolerante e paciente. Não espero muito dos outros. Não crio expectativas. Vivo o momento.

Atualmente é veiculado na mídia um comercial de carro que o slogan final é – “o que você leva da vida é a vida que você leva”. Acho isso de uma poesia tão linda, de uma reflexão filosófica tão forte. É fato - “o que você leva da vida é a vida que você leva”.

Conheci muita gente ontem, fiz uma palestra pela manhã no auditório da Escola Sylvio Rabelo, para um grupo de professores e de futuros professores, o tema era “Raça, etnia e racismo”. Saí de lá com a certeza de um trabalho bem feito e de que pude contribuir um pouco com outras pessoas .  Recebi em troca o pagamento que mais me alegra – aplausos, sorrisos e felicitações. Nem tudo se faz por dinheiro. Como diria John – “você pode me chamar de sonhador, mas eu sei que não sou o único”.
Sei que provavelmente eu fui assunto de conversas para alunos e professores durante o dia de ontem. Causo isso nas pessoas. Embora, tempos atrás, nem sempre era por uma boa impressão. Nem todos sabem quem sou. Mas não uso máscara há muito tempo. Meus "amigos de verdade" me conhecem, porém, alguns deles esqueceram o que é amizade. Mas tudo bem. Eu seria um péssimo amigo se não soubesse perdoar. Torço pela felicidade de todos como a minha própria. Mas, sou humano, às vezes também fico triste. Contudo, não o suficiente para esquecer o poder de um sorriso. Afinal - “o que você leva da vida é a vida que você leva”.


Mesmo que o tempo e a distância digam não. Mesmo esquecendo a canção.”