quinta-feira, 21 de julho de 2011

APENAS UM GOLE DE CHÁ ou A MINHA REALIDADE: VOCÊ



Bem, cortei 90% deste post senão ninguém iria ler mesmo. Contudo, muitos pensamentos ficaram e ficarão sem ser ditos.
Primeiramente preciso dizer que estava com saudades de vocês. Eu sei que sou só apenas vaniloquências, uma cópia fracassada de mim mesmo e que o que falo nem sempre deve ser levado em consideração. Sou só um palhaço de um circo sem futuro, um bobo sem corte, um fingidor, que finge dor, um Pessôa não Pessoa, a areia da ampulheta que vagarosa e insistentemente escorre pelas finas brechas dos fechados espaços que cerceiam minha realidade.
É exatamente este o ponto que quero chegar. É mais do mesmo. É lugar comum. É chuver no molhado. É pieguice. É redundante. É repetitivo. É desnecessário. É mais um texto chato e enfadonho. É mais uma amostra depressiva de uma alma inquieta.

O que vem a ser a REALIDADE?

Qual a realidade, tão Alice, que vislumbro quando olho para o espelho?

QUEM SOU EU?

Uma constatação... 

PUTA QUE O PARIU, RAFAEL...

Crise existencial a esta altura do campeonato?... 

VAI TOMAR NO MEIO DO SEU CU!

Não, não é isso, caros amigos. Embora, concordo com Alexandre Furtado – tem todo tipo de aguaceiro entre os meus noires pensamentos soltos.

Ontem, enquanto conversava com um amigo, lembrei de um livro que escrevi cinco anos atrás, mas que nunca resolvi publicar, ele é tipo isso... mais do mesmo... Metafísica e Ontologia... Pé no saco do caralho... Coisa de viciado no monólogo de Hamlet... A eterna questão do – ser ou não ser?

Ser ou não ser é a questão e continuará a ser a questão para sempre. Mesmo que Hamlet tivesse tomado armas contra o mar de calamidades, colocando um fim e resistindo, a pergunta ainda vagaria na cabeça de dinamarqueses, vietnamitas, havaianos, mongóis, brasileiros, etc., bem como vaga enquanto não encontramos quietude com um simples estilete e nos lançamos para o desconhecido, desistindo da morosidade de uma vida putrefata.

CALMA!!!

Estou longe de fazer uma ode ao suicídio, nem tão pouco quero dizer que a vida não tem sentido. O problema está em que sentido você está traçando para a sua vida. Todo mundo tem um TAO. Algumas pessoas apenas não têm consciência deles. Estas são as mais felizes. Não quero pregar também um conformismo estúpido. Pois milhares de litros de lama são derramados e engolidos diariamente.

Todos saberiam quem realmente você é se você não andasse por aí com milhares de máscaras, contando mentiras e sendo um hipócrita para viver em harmonia dentro desta sociedade?

Tantos neurônios, tantos pensamentos... 

Então, não queira. 

Toda dor brota do desejo de não querermos sentir dor”. 

Seria interessante tirarmos Zaratustra, Platão e todas as sombras de dentro da caverna. 

Parece confuso? 

Apenas metade do que escrevo é o que penso, a outra metade é sua interpretação. Se chegará alguma hora aos 100% do meu raciocínio eu não sei. Talvez esse seja o “x” da questão.

Acha tudo isso uma bobagem?

Introspecção, ser, existencialismo.

Quanta besteira, não é?

Quer mais um chá?

Como assim mais um chá se eu ainda não tomei nenhum? – pergunta Alice”.
Justamente por isso você não pode tomar menos – responde o chapeleiro maluco”.

Quer mais um chá?


E as perguntas continuam. Sempre as mesmas. Quem eu sou? De onde venho? Aonde vou dar?”