Talvez este post não esteja à altura do meu blog. Mas eu também nunca estive.
Oi amigo. Eis que escrevo
pela última vez neste blog. Isso é tão estranho. As palavras, tão cúmplices,
somem. Queria dizer tanta coisa. Acho que vou pedir ajuda a alguns mestres pra
expressar o que tenho no peito.
Eu poderia muito bem cantar
Raul e dizer: "No momento em que eu
ia partir, eu resolvi voltar". Infelizmente não sou Dom Raulzito, mas
como ele “vou viver! Vou poder contar
meus filhos, caminhar nos trilhos . Isso é prá valer... Vou sentir! Que a minha
dor no peito, que eu escondi direito, agora vai surgir...".
É ululante que muitas coisas
ficarão sem serem ditas, sobretudo as mudanças que incidirão sobre mim. Afinal,
“o homem é o que é, não o que foi”. E como vocês sabem, já fui muita coisa, vi
tantas coisas, tantas realidades-foda e lhes devo inúmeras histórias/estórias.
Mas fica pra próxima. No momento eu apenas “desço
dessa solidão e espalho coisas sobre um chão de giz. Há meros devaneios tolos a
me torturar. Fotografias recortadas em jornais de folhas. Amiúde!” Então, “disparo balas de canhão”, mas “é inútil”. Assim como eu muitas vezes. Eu,
amante e estudioso da loucura, “queria
usar, quem sabe, uma camisa de força ou de Vênus”. Não, nem Vênus nem
Afrodite. Pra que certos prazeres?
Parei de fumar a quase nove anos.
Troquei por beijos. “Mas não vou gozar de
nós apenas um cigarro, nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom...”
Infelizmente eles acabaram. “Meus
vinte anos de "boy"... That's over, baby!”
Ainda não vejo Freud, Lacan ou
Jung me explicando as coisas que sinto. É complexo, não é existencialismo. Sou
fácil e complexo, ou melhor, somos assim. “Somos
o que há de melhor.
Somos o que dá pra fazer. O que não dá pra evitar. E não se pode escolher”.
Somos o que dá pra fazer. O que não dá pra evitar. E não se pode escolher”.
Tenho três livros pra editar em 2012 (Eu: A insustentável leveza de ser – você; Heloísa e o Mundo das Possibilidades; Poesias soltas de uma mente noir), outros tantos pra irem pro papel, defender uma monografia de especialização, começar um mestrado... Novos títulos, novos trabalhos, novos amigos, novos julgamentos, novos rótulos, novos “eus”.
É, amigo, “se eu tivesse a força que você pensa que eu
tenho, eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho.” Mas sou fraco pra
caramba em tanta coisa. Não que eu não queira ou possa mudar. Então, mudarei.
Tentar nunca. Fazer! (Credo!!! Parece auto-ajuda.)
Queria aproveitar a
oportunidade e agradecer a todos que me seguem ou já me seguiram, pelas leituras
e comentários. Lembro quando Jéssica Laís comentou pela primeira vez neste
humilde cafofo de ideias. “All you need is Love”, em 25 de agosto
de 2008. De fato, all you need is Love.
Amor este, que minha amiga, parceira, mulhermaistudodomundo me
dá mais que mereço. Só minha Flor Dalma, minha Glena, leu este blog todo,
acredito, deixando comentários, me apoiando, me amando... Lembro também da
empolgação de Alexandre com um conto meu (que foi até parar num livro depois),
do carinho de Jefferson e Vinícius, do contato de outros blogueiros como a
Reny, a Lais Sampaio, a Helena, o Wandeilson e o Railler; do reencontro com
Polly (multimídia e polifônica), Duda, Ênio, Hélio, Fábio, TT, ex-colegas do
colégio em geral, além de outros amigos como meu super-seguidor Nilson, PH, Gio, Raboni, Salviano, Batista,
Catarina, Ceça, Malu, Mário, Carlos, Alexandre Furtado, Daniel; bem como alguns
ex-alunos que apareceram por aqui. De fato, quem deu uma sintetizada ímpar para
classificar meu blog foi minha amiga Elyne Veras. Ela disse que ele era um
“Manual de Rafael Monteiro, aprenda como ele funciona!” Concordo com a Srta.
Veras. Tanto que algumas pessoas que nunca me viram viraram amigos, é o caso da
Srta. Roberta Cavalcanti, ou seria AMARela Cavalcanti? Outra Roberta, a Blá,
essa de mais longe, saia do canteiro dela, onde tem Garota Flor e caia aqui, na
casa do Chapeleiro Maluco. Mais recentemente ganhei um novo leitor, Pedro, um
brother que curte o que escrevo por ver além das palavras. Sinto que entre
erros, eu acertei. Sem palavras pra agradecer. Amei ter vocês por aqui. Caso
queiram... Sou o velho maluco de sempre... Apenas Rafa... Sem frescuras... No
e-mail de sempre (j.rafaelmonteiro@gmail.com).
Quando ganhei a revista em
quadrinhos número 100 do Cascão, foi emocionante pra mim. Lembro de cada coisa
escrita. Cada história. Eu devia ter uns nove anos, algo assim. Hoje aos 30, no
último dia do ano de 2011 (aliás, que 2012 seja melhor que todos os outros anos passados, pra todo mundo), eu chego ao meu centésimo post e me despeço. Se
parassem de publicar o Cascão na revistinha nº 100 eu ia ficar arrasado. Mas,
no blog é diferente... Qualquer coisa eu digo que não fui eu, foi meu eu
lírico.
“No mais estou indo embora!”
Pois sei que
“Não dá prá imaginar quando é cedo ou tarde demais pra dizer adeus, pra
dizer jamais”
Mas
“Adeus também foi feito pra se dizer”
Logo,
“Adeus você... Eu hoje vou pro lado de lá. Eu tô levando tudo de mim que
é pra não ter razão pra chorar”.