domingo, 9 de dezembro de 2012

NEM TUDO QUE RELUZ ou BOLEROS

Enquanto eu
pensamentos ternos
Quem sabe até
eternos
Me esquecia!

Enquanto eu

fogo-inferno
Queimaria
sol-inverno
Me esquecia!

Enquanto eu

Acorrentado Prometeu
Outrora Ulisses
Odisseu
Me esquecia!

Enquanto eu

Noites intranquilas
Sangrando o peito
Ardente ferida
Me esquecia!

Enquanto eu

Medo do escuro
Louco, perdido
Coração obscuro
Me esquecia!

Enquanto eu

Sonhos, fetiches
De quatro caído
Caçado, bandido
Me esquecia!

Enquanto eu

À pé, à prazo
Certeza nula
Carinho escaço
Me esquecia!

Enquanto eu

Olhar inteiro
Impossível tarde
Mão, cabelo
Me esquecia!

Enquanto eu

Cansado
Triste
Mudo
Esquecia!
 
"São dois pra lá, dois pra cá"

sábado, 24 de novembro de 2012

A ARTE DE NÃO LIMITAR ou DESCRENTE



Ele não sabe o que é poesia
Confunde com rimas vazias
Entre linhas parnasianas
Frestas de persianas
Tudo igual
Tal e qual
Sem tesão
Intenção profética - redenção

Ele não sabe o que é poesia
Não acorda cedo ou
contempla o dia
Tão pragmático, tolo - bufão
Busca razão - cartesiana
Nobres raças - ariana

Ele não sabe o que é poesia
Enxerga fraqueza, apatia
Tudo passado
Nas naus dos loucos
Uma lembrança
Esperança lírica de uma luz
arrebatadora, que seduz

Pelos tijolos amarelos
O universo paralelo
Desde vidas passadas
No final da crucis via
Ele não sabe o que é poesia

"o poeta não morreu.... foi ao inferno e voltou"

terça-feira, 30 de outubro de 2012

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM ou A INFINITUDE DA REFLEXÃO DE UM ROMÂNTICO NOIR



Quando despertei do coma auto-induzido, pude analisar com mais frieza os diferentes universos que presenciei com meus fechados olhos mortos.
Dizer que o mundo é feio e as pessoas mesquinhas, cruéis, desprezíveis e portadoras dos setenta vezes sete pecados capitais, é ainda mais inútil que as redes sociais que encontramos na internet.
Sempre acreditei que jogava bola no time dos mocinhos, que era o “good guy”, apenas mais uma vítima das perseguições de um ou outro algoz. Ledo engano! Sou o maior Lex de todos os Luthor, o inimigo que sempre evitei.
Em coma enxerguei o que os Românticos de Jena tentaram me explicar com seus pensamentos sobre os pensamentos que pensamos enquanto pensamos sobre o que pensamos quando nos pegamos a pensar sobre nós mesmos, levando-me a auto-reflexão infinita e necessária para a perfeita crítica compreensiva.
Tão complexa quanto a tese de doutorado do Walter Benjamin é a análise do próprio ego, tão putrefato e cheio de vermes que o velho Freud jamais ousaria pôr sua mão. A mão das leituras quiromânticas, a que se pede em casamentos, a que apertamos em momentos de confraternizações.
Despertado do coma, percebi que tantas máscaras recobrem meu rosto que sequer conheço a feição que me devolve o olhar quando escovo os dentes ou aparo os ralos pelos da minha barba.
Acho lamentável descobrir depois de vários anos de vil existência que todos que convivem comigo apenas vislumbram a interpretação caricata de um personagem circense desempenhado pelo dublê de um ator canastrão.
A mediocridade é tamanha que qualquer um que tenha o mínimo de bom-senso descobre logo a dramaticidade digna dos dramalhões mexicanos, onde Marias-Thalias tramam seus planos de vingança em reviravoltas de tragédias-trash das novelas vespertinas.
De volta do coma, vejo que inúmeros amigos que admirava e amava foram embora muito antes de um abraço de despedida, quiçá, talvez, um aceno discreto. Por que eles se foram?! Possivelmente pelo mesmo motivo que eu. Decepção, apatia, arrogância, vaidade, ego, insatisfação, ou mesmo uma fuga, uma saída pela tangente, à francesa. Afinal de contas, no fundo ninguém deve satisfação a ninguém e todo carnaval tem seu fim. Tudo é pesado. Paz não há, visto que a preocupação com o próprio gozo é a lei - de meninos a lobos.
Retornado do coma, não havia flores na alcova, nem esposa, nem amante, nem pais, nem filhos, apenas um espelho enorme emoldurado em madeira, onde se lia a gravação em latim nosce te ipsum, a pedra angular da filosofia de Sócrates, a tão falada Maiêutica, a verdade procurada no interior do homem.
E mais uma vez, como sempre, tudo retorna ao homem, ao EU, seja em Sócrates, sejam nos Românticos de Jena, seja no velho barbudo da psicanálise ou mesmo em mim, despertado do meu coma.

"Dessa vez eu já vesti minha armadura. E mesmo que nada funcione eu estarei de pé, de queixo erguido"

terça-feira, 21 de agosto de 2012

IDENTIDADES: DE GARGA A RANZINZA ou CHATICE DE INFERNO ASTRAL


Vou escrever este post como muleta. Quero exorcizar minha raiva, meu ódio, minha dor. Diferente do que costumo fazer, não utilizarei subterfúgios, eus-líricos, porra nenhuma. Quero todos na casa do caralho. E se vocês me conhecem, sabem que não sou assim.

Sou conhecedor de identidades e sei que o homem pode ter inúmeras. Ninguém é, as pessoas estão.
A identidade é um processo de construção e desconstrução, dinâmico, conflituoso, imagético, discursivo, coletivo e individual simultaneamente, indicando os contornos do que viria a ser cada indivíduo ou cada grupo. A identidade não se determina de modo autárquico, sem referência a um antagonismo, ou melhor, face uma figura antagônica, sendo necessária para isso uma negociação, implicando num conflito argumentativo ou até mesmo impositivo.
Sob a égide da identidade se procura encontrar na ascendência comum ou num destino manifesto a orientação que contradiga as tendências desestabilizadoras e a incerteza do presente.
Não obstante, tem horas que “presente de cu é rola”.
Estou no meu inferno astral, de saco cheio, querendo mandar meio mundo se fuder...
Por quê? Porque sim, ora.
Porque tá quente ou frio, porque estou gordo, porque não tenho mais 20 anos, porque não tenho mais certos amigos, porque estou feio, porque minha barriga e minha coluna doem, porque odeio médicos, jornalistas, políticos, religiosos, porque hoje sou mais Ranzinza que Gargamel.

Caralho, Rafael, onde estão os versos que decantas?

Às vezes os versos se vão com as luzes do dia.
Às vezes amores se vão quando se acaba o calor.
Às vezes amigos se vão quando chega à dor.

Por quê?

Porque tudo é vão.
Meus versos, meus eus, meus porquês... Tudo vão.
Inútil e seco.

Como diria Caetano, “hoje não tem Fernando Pessoa”.
Sem poesias, sem gatos, sem sorrisos.

Hoje estou o O, um zero. Zero a esquerda. E como Zeroquatro...

Vou mandar se fuder simplesmente

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ENTRE A INVISIBILIDADE E A FRAUDE ou APENAS CONSUMINDO PEDRAS




Que laço invisível é esse que aproxima tanto os leitores de seus escritores?
De certo, os autores muitas vezes se fazem próximos. Contudo, o leitor cria um elo de afetividade ao autor das obras que tão tenazmente devora.
Aos parcos leitores que tenho, meus ilustres pseudo-desconhecidos (pseudo porque me aproximo facilmente deles por comentários e e-mails ), fico grato, e, envaidecido até, com seus contatos.
Lembro quando escrevi um e-mail para o escritor e blogueiro Ismar Tirelli Neto e ele me respondeu. Na ocasião ele falou do ficar “pimpão”, sensação desenvolvida com o contato desses desconhecidos seres que se fazem tão próximos.
Jamais poderei imaginar o que sente uma celebridade. Sendo sincero, fico feliz com isso, haja vista gostar de ficar próximo, de ter contato com quem lê o que com tanta sinceridade escrevo.
Das pessoas que comentam o que escrevo menos de cinco já me enviaram e-mail. Logo, fica difícil saber o que é ser maciçamente lido.
Não sei como me comportaria, pois temo muito a vaidade. Ele é de todos os pecados o mais tentador.
Sou o mais famoso desconhecido onde ando.
Nem meus pais me reconheceriam em determinados eventos. Sobretudo, por eles não lerem nada que escrevo. Longe de ser uma crítica, pois possivelmente seja melhor mesmo não lerem o que escrevo.
De todos os escritores recifenses da minha geração, é provável que eu seja o pior deles. Não fui dos Urros Masculinos, das Vozes Femininas, do Nós Pós, da oficina do Raimundo Carrero, nem publiquei no Interpoética. De todos sou o menos acadêmico, o menos culto, o menos empenhado, o que menos escreve.
Tem horas que me odeio por tanta falta de compromisso de minha parte.
O que faz um escritor escrever é a INQUIETAÇÃO. Sua mente fervilha, clama pra que suas ideias saiam do campo do imaterial para a materialidade palpável das letras, palavras, orações, frases, parágrafos, páginas, livros...
Um escritor só existe quando escreve. Do contrário, ele nada mais é que uma fraude.
E fraudes... conheço muitas.

Inútil... a gente somos... Inútil.”

domingo, 29 de julho de 2012

PARAÍSOS ARTIFICIAIS ou TRÊS CORES

O Blues,
O Red,
O Black.

Poesia bleau,
Sentimentos rouge,
Pensamentos noir.

"O sol nascer amarelinho... O amor é azulzinho"

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CAIS, CAOS, CORAÇÃO ou CONFLITOS


Corações cadavéricos
Ceifados
Caindo cafajestemente
Cortejando cais, caos
Cedendo caprichos
Corrompendo crenças
Criando condutas culpadas
Calando censuras cenozóicas
Celebrando contrassensos consensuais
Cortejando chamegos, carícias, carinhos
Combatendo catástrofes, cataclismos cósmicos
Comprometendo choros, calmas, cabeças, corações
Confessando culpas, câncer

Coitado, caçador!

Conduta condicional
Cachorro, cio, coxas, clitóris, cama
César charlatão
Conquistador comensal
Calado, cabisbaixo, com cicatrizes
Criando comportamento cavalheiresco
Conciliando casais
Compassando corações
Canções carmim, calafrios
Cabimentos caleidoscópicos
Concordando com cognomes coexistentes
Configurando culturas, calendários

Cansados
Cancelamos caos
Combinamos cais

Coração
Cais
Caos

"Cavalos calados"

terça-feira, 24 de julho de 2012

O DEPOIS ou TRIPLO E


ESQUECER
EIS QUE SER
EX QUIS SER

"E se chover demais "

domingo, 22 de julho de 2012

DITO E FINDO ou CRUZANDO PONTES



Há penas
A dor
À dois
Adeus

"So long far well"

quinta-feira, 19 de julho de 2012

ATRÁS DAS SOMBRAS ou UMA CANÇÃO PARA PEDRO


Deixei de mão as idas à psiquiatra. Tão pouco tenho tempo para entrar nessa casa suja e empoeirada. Sinto falta do sol que entrava timidamente pelas frestas das persianas da minha janela. Hoje, nem a fumaça do cigarro se apagando vem me visitar. Ela também está ocupada demais para me dá o prazer de sua companhia.

Vivo entre as melancolias de Lars von Trier, de Foucault e as de Freud. Como se tudo, inclusive a dor da solidão fosse uma obra de arte. Vale salientar que qualquer interpretação pura e simples de uma obra de arte é limitar-se e incorrer categoricamente no erro. Contudo, qualquer espectador ou apreciador, independente de sua formação tem o poder de absorver a sua maneira tudo o que foi observado e/ou contemplado. Possivelmente, a única pessoa capaz de compreender os objetivos de uma obra artística seja seu próprio autor. Não obstante, após tornar público, o criador não tem mais nenhuma posse sobre sua criação. Logo, cada espectador, ouvinte ou leitor tem direito a uma interpretação particular.

Hoje, apenas melancolia. Surgida na psiquiatria com Pinel e Esquirol como um delírio em torno de um único objeto. Um delírio empobrecido, de fala limitada, que carrega uma lamentação e uma culpa muito profundas. Freudianamente falando, Luto e melancolia, uma comparação constante entre a melancolia e o processo de luto. Melancolia causada por uma perda de objeto, no meu caso, a perda de um talento, o de escrever.

Por isso, poesias curtas.

Simples e singelas palavras.

Saudades?

Tenho muita.

Sobretudo do tempo em que cantava a Pedro as suas queixas da solidão, suas idas cotidianas ao trabalho, suas dúvidas maniqueístas e seus choros no banheiro.
De fato, amigo, a vida é séria e a guerra é dura. Mas te digo, Pedro, o seu oposto.

Não cale a boca, entre na nau e viva plenamente essa loucura.
Todos os caminhos são iguais, eles levam à glória ou à perdição.
Há tantos caminhos, tantas portas, mas somente um(a) tem coração.

É só Raul.

Porque eu...

Eu perdi as palavras.

Eu não tenho nada a dizer mesmo sabendo que cada um de nós é um universo.
Num eterno retorno nietzschiano, tudo acaba onde começou.

As relações humanas, agora, sob a ótica do fim iminente e de como se comportar diante dele, vira o foco. Medo, compaixão, desespero, proteção, conformismo, fantasia, todas estas sensações estão representadas perante o inevitável, o fim.

Se Este é o mundo dos loucos (Le Roi de Coeur), fico com a sabedoria que aprendi com eles, pois Para amar o mundo é preciso ficar longe dele.


Pedro... deves-me trinta... o diabo não é tão feio assim como se pinta.”

segunda-feira, 16 de julho de 2012

DOIS VERSOS ou SINTÁTICO





Odeiam adiar.
Adio odiar.

"Pra quê tanta maldade?"

sábado, 16 de junho de 2012

QUANDO AS PUPILAS DILATAM ou MARÉ CHEIA

Tenho nove vidas
inúteis

Sem novelo
sem novenas
só as nove

Coceira no queixo
quem me toca?

Encaro o espelho
Como te chamas?
Não me chamo
Me chamam

Quem me encara?
Apenas um reflexo
Um reflexo de mim
Sou

Cortaram-me os bigodes
perdi a essência
Triste e vil
sem decência

Independente
Maldito
Vivo

Lambo-me
satisfaço-me


Nove vidas
aprendendo
a
ser
eu

"Porém, já nascemos livres"

sábado, 2 de junho de 2012

ENTRE CONFLITOS ou LIMITAÇÕES


Não
posso
me
deixar
levar
por
pensamentos
vãos!

"Um dia você vai embora"

domingo, 27 de maio de 2012

ENTRE OS SONHOS E AS LOUCURAS ou DEPOIS DO POST MORTEM




FOI!

ENCANTO MÁGICO
DESEJO DE FADA
REALIZADO

FOI!

SONHO
APENAS
PENAS
DORES
RÉS
SI

FOI!

"Há tempos tive um sonho... Não me lembro"

sábado, 12 de maio de 2012

EMBRIAGUÊS ou PRESENÇA



Ele ficou
Sinto sua presença
Frequente
Um louco
Desejo ardente

Olhos fechados
Você
Bem do lado
Cheirando-me a nuca
Arrepiando-me os pelos

Eu
Entregue
Alma e corpo
Inteiro
Velho lobo
Cordeiro

No teu colo
Menino
Embriagado
Com teu cheiro

terça-feira, 24 de abril de 2012

QUARTA-FEIRA DE CINZAS ou IMENSA MENTE




A vi parada
Tão sublime
Encantada
Desejada
Devota mente
Em minha mente
Apenas desejo
Acendi sua chama
Lenta mente
Deixei queimar
Levei a boca
Sorvi
Calma mente
Em meu corpo
Sinestesia
Em meus olhos
Alegria
Na casa
Seu cheiro
Afrodite
Eterno desejo
Acredite
Loucura e dor
Ansiedade
Ânsia
Maldade
Inúmeras facas
Profundos cortes
Pobres borboletas
Mortas meninas
Sem
Sorte
Sortilégio
Aflição
Sentimentos
Morte

domingo, 8 de abril de 2012

AS ESCOLHAS E O CAMINHO DO RETORNO ou ANTES QUE A MENTE EXPLODA


Quase 100 dias, mais especificamente 99 dias depois do post número 100, o do “último adeus”, estou de volta. (Cara sem palavra!!!)

Desde sempre somos ensinados que a vida é feita de escolhas. Ao longo de minha vil existência fiz escolhas que despertaram em mim desde orgulho (não pejorativo) à frustração, passando inclusive por arrependimentos. Contudo, acredito que nunca devemos nos abster, resignando-nos e condicionando-nos a uma vida de caminhos sem volta e orgulho bobo (agora sim pejorativo).

Sou defensor de que a escolha é uma eterna ilusão, fazemos o que fazemos porque somos condicionados a fazer, haja vista a liberdade não existir. Não obstante, existe o livre arbítrio e sua natural causalidade. (Acho que corro risco de transformar meu post de retorno num ensaio filosófico, ao qual não tenho competência de fazer se eu continuar a falar sobre escolhas, liberdades e livre arbítrio.)

Pois bem, meus companheiros de viagem das minhas loucuras vãs... Acho que ninguém colocou muita fé que eu não escreveria mais neste meu cantinho virtual. Somos vigiados o tempo inteiro com internet ou não. Logo, eu estava punindo a mim e aos meus nobres amigos ao não utilizar as teclas empoeiradas do meu notebook para exorcizar meus demônios internos, transformando meus pensamentos soltos de mente noir em prosa.

Quando virei blogueiro assumi o desconhecido risco que meu universo particular se tornaria de domínio público. Estou longe de me considerar um artista, afinal nunca participei de reality show nem tenho vídeos no youtube com mais de um milhão de visualizações, ferramentas necessárias como fatores legitimadores para uma pessoa ser considerada artista no século XXI. 

Escrevo... apenas escrevo. Embora admito que sou preguiçoso. Muitas vezes por achar que não tenho nada a dizer. Quem sou eu depois de Guimarães Rosa, Machado de Assis, Dostoievski, James Joyce, George Orwell? Vou escrever o que se o mundo teve Shakespeare? Contudo, aprendi com Fábio Hernandez, colunista do Revista VIP, com seu Homem Sincero, nos idos da década de 1990 a ser um escritor barato. É exatamente isso que sou, um escritor barato. Por mais que eu tenha voltado pra Academia depois de seis anos, continuo sendo um escritor barato. Ter passado num concorridíssimo processo seletivo para o curso de Mestrado em Teoria da Literatura da UFPE não me envaidece. Agora, mestrando, infante no universo da loucura, apenas ratifico minha total ignorância socrática.

E a literatura?

Bem, a literatura é a forma dos loucos (como eu) fazerem sua catarse.

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"


P.S. O Chapeleiro Maluco colocou mais chá no bule. Querem mais chá?