segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DIAS, DIAS, DIAS ou SOMOS O QUE PODEMOS SER




Bem, como falei anteriormente tenho inúmeras coisas pra escrever. Mas não começarei agora a narrar sobre as psicodélicas viagens que tive no último mês, muito menos voltar a minha rotina de escritor marginal. Infelizmente é isso.


Hoje, 12 de outubro, é o dia das crianças, dia de Nossa Senhora Aparecida e também Dia Nacional da Leitura, o segundo da sua história.

Como escritor fico feliz pela criação desse dia, assim como pernambucano estou triste por ter perdido a VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Contudo, aproveitarei a possibilidade de misturas para deixar algumas palavras.

Como é sabido da maioria dos leitores do meu blog fui uma “daquelas” crianças, ou seja, “Ohhhhhhhhhhhhhhhh! Que menino inteligente”. Mas não é para fazer promoção da aurora da minha vida que roubarei o tempo de vocês.

Meu intuito é solicitar humildemente que vocês busquem o espírito mais infantil que existir dentro de si próprios para serem felizes. Leiam por felicidade também. Não queiram apenas arrotar cultura. Tipo: “Joyce em Ulysses numseiquê.numseiquê.numseiquêlá... ou... “Quando Dostoievski teve uma crise convulsiva naquela prisão gelada inspirou-se para escrever aquele trecho de ‘Irmãos Karamazov’”. Outra coisa, não julguem as crianças que lêem Harry Potter ou coisas do gênero, muito menos HQ, eu por exemplo aprendi a ler com eles.

A leitura abre a mente e as portas da alma. Sejam crianças um pouco.

Espero que todos tenham tido uma infância tão plena e maravilhosa quanto a minha, haja vista os anos não trazerem mais os sonhos de Casimiro de Abreu, nem os meus.

Como um mancebo nascido no ano de 1981 e dono de uma memória infantil de inveja “elefantástica”, ao invés das minhas linhas finais deixo vocês com uma música que representa o medley o do meu “eu” infantil com o meu “eu” adulto.



Lindo balão azul


(Guilherme Arantes)




Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista
O meu papo é futurista é lunático
Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de artista sou um gênio
sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um aventureiro
desde o meu primeiro passo
no infinito
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente
se você quer vir com a gente
venha que será um barato
Pega carona nesta cauda de cometa
ver via lactea
estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
em um lindo balão azul
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul



Um comentário:

Ênio Fred disse...

Muito importante para nós exercitarmos nossa visão infantil. Visão pura, ingênua, despreocupada, despreparada.
A 'preparação' da vida nos afasta de nós mesmos. E é exatamente por isso que a sinceridade infantil é tão fantástica. Será que nossa vida cheia de realidades é sincera? ilusão?
E as fantasias infantis? não seriam mais sinceras? Para contextualizar a reflexão sugerida no texto, convido à leitura de umas narrativas 'desenhadas' por quem me ensina a ser criança todos os dias. "Sobremesa antes do Jantar", "Rotina" e "Fantasia vs Realidade" em http://budegadopensamento.blogspot.com/
E para terminar, um trecho da poesia de Francisco Malfitano, cantada divinamente por Paulinho da Viola:

"...conta ao meu coração, história das crianças, para que ele reviva as velhas esperanças..."

Abraço