sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ATRÁS DAQUELA NUVEM ou OS SONS QUE ME ATORMENTAM

O dia tava completamente cinza.
Não!
Apenas a foto.
Era sépia.
Preto e branco, talvez.
Tenho certeza – Colorida.
O dia – Radiante: Sunshine Day.
Sombrios eram apenas meus atormentados pensamentos. Loucos, vinham e iam, como se nada fizesse sentido, como se tudo que pudesse ser dito e feito já fosse passado, criado e recriado e minhas ideias não tivessem mais nenhum sentido de partir do plano do intangível para a prática.

Assim nossa consciência nos transforma em covardes... e as empresas de maior alento e importância deixam de ter o nome de AÇÃO”.

A sede é imensa.
Vi um anúncio de coca-cola que fez minha bocar salivar desesperadamente.
A sede estava morta. Apenas o desejo da neve branca se fez presente.
Quero coca.
Como um menino de rua, talvez a cola já tivesse de bom tamanho.

Não importava qual fosse o fator alucinante.
Apenas o desejo de perder a consciência me movia.
Quero me teleportar para outros planetas. Qualquer lugar onde as vozes não atormentem meu juízo enquanto escrevo ou leio parcas e desnecessárias linhas.

Não sei você... Serei curioso... Vou perguntar...
Você escuta vozes enquanto ler?
Fica algo na sua mente narrando a estória?
Você imagina as diferenciadas vozes?
Menino, menina, homem, mulher...?
Bem, talvez apenas eu seja louco... Claro que não. Você também é.

Tenho alguns amigos blogueiros que não conheço pessoalmente, logo, não tenho a menor ideia de como sejam suas vozes, mas imagino. Se estou perto da realidade ou a anos-luz dela... quem sabe?!

Talvez eles também olhem essa velha imagem de perfil e se perguntem...
“Como será esse sujeito pessoalmente?”
“Será uma figuraça?”
“Um cara depressivo?”
“E a voz dele, como é?”

Bem, a minha personalidade é incógnita.
O meu “eu” de verdade, também.
Busco respostas a vida toda.
Como se elas de fato existissem.

Quem me conheceu, tipo, de agosto pra cá, acredita que sou o palhaço da turma.
O cara que fala sem nenhum problema de desarranjos intestinais, sem pudores sexuais, que bola piada do nada, que tem tiradas dignas de um stand up comedy... Talvez eu seja isso. Mas talvez eu seja apenas o Pagliacci (leiam Watchmen). 

O pecado preferido do Diabo é a Vaidade.
E é justamente nessa fogueira que nós nos perdemos.
Nos perdemos de nós mesmos.
Tal qual a volatilidade química de pensamentos quimeros.
Vai ver nem sou tão inteligente.
Nem tão culto, eu sou.
Não! Eu não conheço esse filme.
Eu juro! Nunca li esse livro.
É lenda, meus amigos... fiquem tranquilos... meu pau não é muito grande. (Mas não falha)

Como diria Renato Russo – “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.”

Não sei vocês... mas tem dias que as tão imaginativas nuvens escondem os mais iluminados dos sóis.


Quando o sol bater na janela do seu quarto / Lembra e ver

Um comentário:

Roberta Blá disse...

Eu também escuto vozes quando leio. A leitura para mim é o meu mais ativo passaporte. Ela me leva a lugares onde posso tanto me encontrar quanto me perder.Nós que somos movidos por palavras temos que sempre sentir algo através delas. E eu me sinto muito bem com seus comentários,obrigada. Adorei o texto!
=)
Beeeijos