quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O CAMINHO DO VELHO É O MENINO ou DEDICATÓRIA: A RAFAEL

LEIAM TODO, POR FAVOR!


Dois dias e será finito esse ano. O vigésimo nono ano da minha vida.

O que será que fiz desse ano de 2010?

O que será que fiz dos últimos 29 anos?

Bem, o que posso dizer?

Continuo sendo um escritor de gaveta. Isso pra ser bonzinho comigo, visto que minhas grandes obras imaginárias continuam perdidas entre os pensamentos tolos e meus devaneios sexuais.
Muitas vezes acho que sou um grande filho-da-puta (Mãe, isso não tem nada a ver com você... Ah! E Freud é um otário pervertido... Eu sempre preferi Jung mesmo), acomodado com as constatações que a vida é uma merda e a grande questão filosófica é o “cometer ou não o suicídio?”.
Sou um puto corrompido pelos 7 pecados capitais e uns outros 700 que vem surgindo desde a aurora dos tempos. Fico devaneando ao olhar pro teto, fumando inúmeros maços de cigarros imaginários, assistindo seriados enlatados e torrando alguns milhares de Reai$ em compras na internet com produtos que raramente consumo.
Sou um PREGUIÇOSO, viciado no ócio ostracista, numa cama quentinha, num quarto gelado, numa TV gigante, em desenhos do Batman, nas HQs clássicas, nas Skol, Bohemia, Devassa... na boemia e nas mulheres devassas.
Que tipo de homem eu seria se não curtisse a luxúria das femme fatale dos clássicos noir?
Sou o Marlon Brando do Último Tango de Paris.
Sou o Edward Norton do Clube da Luta, perdido nas superficialidades de uma vida sem ou com prazeres mesquinhos e limitados.

Constatações poéticas vêm em mente.

Pecado nº 6

Enquanto a maresia meus eletrodomésticos destruía
Pouco a pouco minha consciência corroia a luz da hipocrisia

Feijões na panela fria
Um gordo menino e a barriga vazia
Literatura em gaveta
Trepadas de canto de muro
Canto pra uma morte besta
Mais um coração obscuro

Pecado nº 5

Quero cama
Quero silêncio
O som da voz de ninguém
Quero descansar
Sono R.E.M.
Sono dos Justos
Mais além
Sem velar sonos
De inimigos
Ou do meu bem

Uma simples ode a preguiça
O querido ócio ostracista
Nas visões mais futuristas
Meus sonhos transcreveriam
Minha realidade metafísica

Sou fã do pecado capital
Qual o mal?
Deitar e dormir
De todos os pecados
O original
Agora é noite
Benção e tchau

Mais devaneios.
Devaneios?
Realidade.
Realidade?

Você quer enganar quem Rafael?
A realidade é uma ilusão. Tudo é ilusão.
Matrix pura.

O revólver está na minha mão”.

Rafael, você fala tanto de Shakespeare, Raul Seixas, George Orwell, Kafka, Zigmund Bauman... Todos eles tomaram atitudes. Você é uma fraude. Um gordo lama acomodado pra caralho, conformado com os prazeres das drogas lícitas, que vive mentindo pra si mesmo e dando uma de coitadinho pra que sintam pena de você.

Atitude, homem.
Vá correr.
Pare de tomar refrigerante, sorvete e comer pizzas diarimente.
Pare de dormir tanto.

Lembra de Cato?

O filósofo é um covarde perante os duros imperativos da vida”.

Pois bem, amigo.

Lembra o que Shakespeare fala dos covardes, não é?

Morrem os covardes muito antes de morrerem. Os bravos provam da morte uma única vez”.

Então, Rafa. Vire Fênix.

Eu sei que ressuscitar é ter que voltar e ré é andar pra trás. Mas quando passamos do ponto ou erramos a entrada a ré é a melhor solução na maioria das vezes.

Resolver problemas dos outros é fácil.

Pra que caímos, mestre Bruce? Pra aprendermos a nos levantar”.

Pra os que caíram como eu. E pros que acham que o mundo tem muito pra melhorar... 2010 é finito. Mas 2011 está aí.

Cada instante é uma nova oportunidade pra virar a mesa”.

FELIZ ANO NOVO... Seja lá o que for felicidade pra você. Eu vou à caça da minha.

Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual/ Eu do outro lado, aprendendo a ser louco/ Um maluco total/ Na loucura real

sábado, 4 de dezembro de 2010

AMIZADE: QUANTO VALE OU É POR QUILO 2 ou BANCANDO O DR. HOUSE

Uma amiga blogueira escreveu há pouquíssimo tempo sobre amizades sinceras, questionando sobre quando encontramos e quanto verdadeiras elas são. Ultimamente venho questionando a mesma coisa. Já cheguei inclusive a escrever sobre esse tema aqui no blog ( http://pensamentossoltosdeumamentenoir.blogspot.com/2010/05/amizade-quanto-vale-ou-e-por-quilo-ou-o.html). O fato é que “amigos” vem e vão. Alguns duram o tempo do convívio, ou seja, enquanto estivermos confinados num alojamento, somos amigos-irmãos-para-sempre. Um dia depois: “Quem é mesmo aquele cara?

Esta terça-feira, dia 30 de novembro, foi meu último dia de atividade num trabalho temporário, ao qual me dediquei por 4 meses. Nesses 4 meses conheci inúmeras pessoas. Com algumas delas encontrei inúmeras afinidades. De fato, gostaria que nossas “amizades” perdurassem. Mas não sou tão criança. Farei 30 anos em alguns meses, logo, conheci muita gente e sei que colegas de colégio e trabalho são como biscoitos, duram algum tempo, mas tem prazo de validade.

Não quero parecer sarcástico ou cruel. Mas não me iludo mais. Sei que amigos são difíceis de conquistar. Sempre fui muito mais amigo dos outros, que os outros foram meus amigos. Doei-me muito aos meus amigos. Poucos se doaram para mim. Não serei injusto. Já tive ajuda de algumas pessoas muitas vezes. Mas como falei: tudo tem um prazo de validade.

Faço “amigos” com a dificuldade das entregas sexuais das “moças” da Pracinha do Diário (conhecida praça do centro do Recife-PE, onde é comum a presença de mulheres que ganham dinheiro [ou passes de ônibus ou um maço de cigarros] em troca de favores sexuais em qualquer horário). Não sou mais visto como o antipático de tempos atrás. Hoje sou o extrovertido que conversa até com os “mudos”. É bem mais difícil encontrar pessoas que não gostem de mim que noutros períodos. Bem, pode ser que as pessoas finjam que se relacionam bem comigo, tal qual um reality show. Infelizmente não temos os vídeos para posteriormente entendermos os momentos em que nossas orelhas pegavam fogo. Sendo sincero, acho que não assistiria nenhum desses vídeos, caso existissem. Pra quê eu iria querer me magoar?

Outra constatação sobre amizades é a que vem de tabela. Vou explicar. Quando você se relaciona amorosamente com alguém, seu núcleo de amigos se expande. Contudo, com o fim do relacionamento esse núcleo volta ao estado original.

Como acreditar nessas amizades, então?

Tenho cerca de 140 amigos no Orkut. Mas só um realmente é meu amigo.

CALMA, GALERA!!!

Vou explicar.

Tenho poucos seguidores aqui no blog, mas um aparece 3 vezes... Quem será?

Embora eu saiba que ele raramente lê o que eu escrevo. Mas ele fala isso olhando nos meus olhos. Ele é o cara que fica do meu lado e dorme enquanto estou contando uma história. Ele é meu último grande amigo (sem aspas).

Meses atrás, ouvi uma “grande amiga” falar que sou consequência, ou seja, ela era amiga da minha mulher, eu vim de bônus. É meio um foda-se para os meus sentimentos. Bem... o que não me mata...

O que quero dizer com tudo isso?
Falar que amizade não existe, que é tudo bobagem?

Não. Só quero sinceridade. Odeio mentiras.

Não quero um simples desejo de felicidades no meu aniversário ou nas festas de fim-de-ano.

Quero sinceridade.

Desejar felicidade é simples. Mas o que vem a ser felicidade?

Normalmente quando encontramos alguém, a clássica pergunta salta a boca – “Tudo bem?” Automaticamente vem a resposta – “Tudo”.

MENTIRA!!!

Duplamente mentiras.
Primeiro: Raramente a pergunta é feita com sinceridade.
Segundo: Ninguém tem a vida perfeita, ou seja, não está tudo bem. Mas ninguém está interessado na merda dos seus problemas.

Foda-se, velho. Você e seus problemas. Já estou preocupado demais com os meus problemas. Guema, guema, guema... Cada um com seus problemas.

Não sou o Dr. House, mas convenhamos...

Putz.
Acho que peguei pesado com esse desnecessário post.

Pra falar a verdade, até que foi leve. Sem nomes. Sem nada, comparado a tudo que já vi,vivi e ouvi e houve realmente.

Gostaria de verdade de tirar todas as aspas da palavra – “amigo”. Até lá...

AH!!! Antes que eu me esqueça. 

Eu amo todos vocês. Não guardo mágoas de quem amo. 



Hoje você é quem manda / Falou tá falado