Quando éramos
larvas
Mas só
quando éramos larvas
Sonhávamos que
éramos girinos
Com um rabo
alucinado
Tal qual
cachorro
Cresceríamos
sapos
Não borboletas
Contentávamo-nos
com as do estômago
Seu bater de
asas reluzentes – psicodélicas
Sonhos
Onirismo de gente
– carente
Encantava-nos
o sapo
Sua rápida –
gigante língua
Olhos esbugalhados
na beleza
errônea
Pele fria –
viscosa
O salto – sonho
O trampolim para
a vitória
Crescemos sapos
E o nosso
papo
passou a
incomodar
Os olhos
agora fitavam
o pólen das
flores
a semeadura
a vontade de
voar
Quando éramos
larvas
Mas só
quando éramos larvas
Queríamos o
impossível
Agora sôfrego
O sonho
louco
É borboleta
no ar
"Sonhos que podemos ter"
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