sábado, 17 de maio de 2014

QUANDO ÉRAMOS LARVAS ou PROJEÇÕES

Quando éramos larvas
Mas só quando éramos larvas
Sonhávamos que éramos girinos
Com um rabo alucinado
Tal qual cachorro

Cresceríamos sapos
Não borboletas
Contentávamo-nos com as do estômago
Seu bater de asas reluzentes – psicodélicas
Sonhos
Onirismo de gente – carente

Encantava-nos o sapo
Sua rápida – gigante língua
Olhos esbugalhados
na beleza errônea
Pele fria – viscosa
O salto – sonho
O trampolim para a vitória

Crescemos sapos
E o nosso papo
passou a incomodar
Os olhos agora fitavam
o pólen das flores
a semeadura
a vontade de voar

Quando éramos larvas
Mas só quando éramos larvas
Queríamos o impossível
Agora sôfrego
O sonho louco
É borboleta no ar

"Sonhos que podemos ter"

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