quinta-feira, 25 de junho de 2009

ADEUS PEQUENO MIKE ou ENTRANDO EM NEVERLAND




Fazia tempo que eu não possuía um motivo de verdade para escrever. Parece até que eu estava esperando uma grande notícia para comentar, pois no meu caso não vale à pena discorrer sobre assuntos burocráticos, haja vista eu ter me transformado gradativamente numa pessoa apolítica pela descrença com a bem-falada função pública.
Infelizmente volto a escrever após outra grande decepção. Desde a saída do Sport da Libertadores da América nenhuma linha saía das teclas empoeiradas do meu teclado. Vale salientar que exatamente hoje estou completando um mês de operado (cirurgia na mão direita e blá blá blá blá) e não estava disposto a me desgastar por pouca coisa. Mas hoje o dia é especial. Perdemos Michael Jackson.
Todos podem taxar o Michael de gay, racista, pedófilo, louco e do caralho que for, mas o Michael é o Michael. Sempre caí matando no Ariano Suassuna por ele chamar o Michael de “lixo cultural”. Eu compreendo as visões do meu mentor senil. Contudo, discordo veementemente da opinião dele.
Possivelmente o mais talentoso filho da família Jackson não seja imortalizado como um Mozart, Bethoven ou Vivaldi. Porém, na mente de quem nasceu entre as décadas de 70 e 90 do século XX Michael Jackson será imortal.
Sou, como muitos, um saudosista ao extremo e amante da década de 80 mesmo ela sendo a década mais brega e trash da história mundial recente. A cultura pop que emana desde Andy Warhol chega num supra-sumo na década perdida. Quem já freqüentou uma dessas festas “trash 80” sabe do que estou falando. Relembra-se de tudo, desde seriados e filmes a comerciais, e, sobretudo, as músicas, a sinfonia que dá tom e embala a festa. Algumas músicas são obrigatórias, mas nenhuma é tão obrigatória quanto Thriller, bem como nenhum vídeo-clipe é tão clipe quanto Thriller. E quem nunca jogou Moowalker no Master ou no Mega? E os passinhos de dança tão Michael Jackson. Eu não iria ficar aqui dando uma de acadêmico preconceituoso e negar que eu cresci nos anos 80 e que toda aquela cultura ajudou na formação do homem que sou hoje. Lamento os que arrogantemente tentam camuflar seu passado e sua história.
Além de Thriller, Bad, Billie Jean, Black or White, Michael será imortal por toda a sua obra. Todo mundo tem vida agitada, e comete deslizes. Somos humanos. Algo que Michael nunca pôde ser. Desde criança teve que ser o melhor. Não podia errar, não podia ser negro, não podia ser homossexual, não podia ser nada. Michael foi tudo, e seu corpo e sua mente não acompanharam o seu espírito. Espero que agora ele consiga encontrar a paz. Embora, assim como seu sogro, o Rei do Rock Elvis Presley, o Rei do Pop também não morreu e nem nunca morrerá, pois quem é rei nunca perde a majestade.
MICHAEL NÃO MORREU!!!


"Have you seen my Childhood? I'm searching for the world that I Come from 'Cause I've been looking around In the lost and found of my heart... No one understands me They view it as such strange eccentricities... 'Cause I keep kidding around Like a child, but pardon me... People say I'm not okay 'Cause I love such elementary things... It's been my fate to compensate, for the Childhood I've never known... Have you seen my Childhood? I'm searching for that wonder in my youth Like pirates and adventurous dreams, Of conquest and kings on the throne... Before you judge me, try hard to love me, Look within your heart then ask, Have you seen my Childhood? People say I'm strange that way 'Cause I love such elementary things, It's been my fate to compensate, for the Childhood I've never known... Have you seen my Childhood? I'm searching for that wonder in my youth Like fantastical stories to share The dreams I would dare, watch me fly... Before you judge me, try hard to love me. The painful youth I've had Have you seen my Childhood"




Um comentário:

Unknown disse...

Adorei amor, só vc mesmo pra escrever com sentimento, sem frieza. Bjs!!