domingo, 8 de abril de 2012

AS ESCOLHAS E O CAMINHO DO RETORNO ou ANTES QUE A MENTE EXPLODA


Quase 100 dias, mais especificamente 99 dias depois do post número 100, o do “último adeus”, estou de volta. (Cara sem palavra!!!)

Desde sempre somos ensinados que a vida é feita de escolhas. Ao longo de minha vil existência fiz escolhas que despertaram em mim desde orgulho (não pejorativo) à frustração, passando inclusive por arrependimentos. Contudo, acredito que nunca devemos nos abster, resignando-nos e condicionando-nos a uma vida de caminhos sem volta e orgulho bobo (agora sim pejorativo).

Sou defensor de que a escolha é uma eterna ilusão, fazemos o que fazemos porque somos condicionados a fazer, haja vista a liberdade não existir. Não obstante, existe o livre arbítrio e sua natural causalidade. (Acho que corro risco de transformar meu post de retorno num ensaio filosófico, ao qual não tenho competência de fazer se eu continuar a falar sobre escolhas, liberdades e livre arbítrio.)

Pois bem, meus companheiros de viagem das minhas loucuras vãs... Acho que ninguém colocou muita fé que eu não escreveria mais neste meu cantinho virtual. Somos vigiados o tempo inteiro com internet ou não. Logo, eu estava punindo a mim e aos meus nobres amigos ao não utilizar as teclas empoeiradas do meu notebook para exorcizar meus demônios internos, transformando meus pensamentos soltos de mente noir em prosa.

Quando virei blogueiro assumi o desconhecido risco que meu universo particular se tornaria de domínio público. Estou longe de me considerar um artista, afinal nunca participei de reality show nem tenho vídeos no youtube com mais de um milhão de visualizações, ferramentas necessárias como fatores legitimadores para uma pessoa ser considerada artista no século XXI. 

Escrevo... apenas escrevo. Embora admito que sou preguiçoso. Muitas vezes por achar que não tenho nada a dizer. Quem sou eu depois de Guimarães Rosa, Machado de Assis, Dostoievski, James Joyce, George Orwell? Vou escrever o que se o mundo teve Shakespeare? Contudo, aprendi com Fábio Hernandez, colunista do Revista VIP, com seu Homem Sincero, nos idos da década de 1990 a ser um escritor barato. É exatamente isso que sou, um escritor barato. Por mais que eu tenha voltado pra Academia depois de seis anos, continuo sendo um escritor barato. Ter passado num concorridíssimo processo seletivo para o curso de Mestrado em Teoria da Literatura da UFPE não me envaidece. Agora, mestrando, infante no universo da loucura, apenas ratifico minha total ignorância socrática.

E a literatura?

Bem, a literatura é a forma dos loucos (como eu) fazerem sua catarse.

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"


P.S. O Chapeleiro Maluco colocou mais chá no bule. Querem mais chá?

3 comentários:

zhubenedicty disse...

De volta, sempre estamos, sãos, loucos, ou ensolarados, então, boas vindas!

Pedro disse...

Que falta sentia desse bem que traz o blog. Que bom que você (desculpa a intimidade) voltou, isso mostra que o blog faz bem, não só á você, mas também a nós que lemos.

Finalmente vou poder continuar com meu processo de esclarecimento, estava difícil manter sem as leituras que daqui desfrutava.

Aguardo ansiosamente o próximo encontro.

P.S.Parabéns pela aprovação no mestrado. Congratulações.


"Mais chá??! Por que não?!

Na verdade, seria de muito bom gosto!"

Phenkil disse...

Estive, estou e sempre estarei sentado a vossa mesa, à espera de todas as xícaras de chá que possas servir! SEMPRE!