Quase 100 dias, mais
especificamente 99 dias depois do post
número 100, o do “último adeus”, estou de volta. (Cara sem palavra!!!)
Desde sempre somos ensinados que
a vida é feita de escolhas. Ao longo de minha vil existência fiz escolhas que
despertaram em mim desde orgulho (não pejorativo) à frustração, passando
inclusive por arrependimentos. Contudo, acredito que nunca devemos nos abster,
resignando-nos e condicionando-nos a uma vida de caminhos sem volta e orgulho
bobo (agora sim pejorativo).
Sou defensor de que a escolha é
uma eterna ilusão, fazemos o que fazemos porque somos condicionados a fazer,
haja vista a liberdade não existir. Não obstante, existe o livre arbítrio e sua
natural causalidade. (Acho que corro risco de transformar meu post de retorno num ensaio filosófico, ao
qual não tenho competência de fazer se eu continuar a falar sobre escolhas,
liberdades e livre arbítrio.)
Pois bem, meus companheiros de
viagem das minhas loucuras vãs... Acho que ninguém colocou muita fé que eu não
escreveria mais neste meu cantinho virtual. Somos vigiados o tempo inteiro com
internet ou não. Logo, eu estava punindo a mim e aos meus nobres amigos ao não
utilizar as teclas empoeiradas do meu notebook para exorcizar meus demônios
internos, transformando meus pensamentos soltos de mente noir em prosa.
Quando virei blogueiro assumi o desconhecido
risco que meu universo particular se tornaria de domínio público. Estou longe
de me considerar um artista, afinal nunca participei de reality show nem tenho
vídeos no youtube com mais de um milhão de visualizações, ferramentas
necessárias como fatores legitimadores para uma pessoa ser considerada artista
no século XXI.
Escrevo... apenas escrevo. Embora
admito que sou preguiçoso. Muitas vezes por achar que não tenho nada a dizer.
Quem sou eu depois de Guimarães Rosa, Machado de Assis, Dostoievski, James
Joyce, George Orwell? Vou escrever o que se o mundo teve Shakespeare? Contudo,
aprendi com Fábio Hernandez, colunista do Revista VIP, com seu Homem Sincero,
nos idos da década de 1990 a ser um escritor barato. É exatamente isso que sou,
um escritor barato. Por mais que eu tenha voltado pra Academia depois de seis
anos, continuo sendo um escritor barato. Ter passado num concorridíssimo
processo seletivo para o curso de Mestrado em Teoria da Literatura da UFPE não
me envaidece. Agora, mestrando, infante no universo da loucura, apenas ratifico
minha total ignorância socrática.
E a literatura?
Bem, a literatura é a forma dos
loucos (como eu) fazerem sua catarse.
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"
P.S. O Chapeleiro Maluco colocou
mais chá no bule. Querem mais chá?
3 comentários:
De volta, sempre estamos, sãos, loucos, ou ensolarados, então, boas vindas!
Que falta sentia desse bem que traz o blog. Que bom que você (desculpa a intimidade) voltou, isso mostra que o blog faz bem, não só á você, mas também a nós que lemos.
Finalmente vou poder continuar com meu processo de esclarecimento, estava difícil manter sem as leituras que daqui desfrutava.
Aguardo ansiosamente o próximo encontro.
P.S.Parabéns pela aprovação no mestrado. Congratulações.
"Mais chá??! Por que não?!
Na verdade, seria de muito bom gosto!"
Estive, estou e sempre estarei sentado a vossa mesa, à espera de todas as xícaras de chá que possas servir! SEMPRE!
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