sábado, 27 de abril de 2013

MENOS CANTO DA SEREIA ou CONTRA-MARÉ



Ultimamente passei a refletir sobre os sites de relacionamento. É inacreditável o apunhado de mentiras que observamos nesses ambientes. Há tanta artificialidade e superficialidade. O culto narcisístico é gritante. Todos são lindos e felizes, vivem aventuras inimagináveis, comem maravilhosamente, viajam, vão a festas, shows, tem amigos perfeitos e famílias de comercial de margarina.
Não seria leviano a ponto de criticar os usuários destes sites disso ou daquilo, mas no fundo a maioria não passa de solitários atrás de curtidas e comentários. Também se tornou lugar-comum o voyeurismo pela vida alheia. Desde sempre isso existiu. Antes eram as vizinhas que espionavam pelos basculantes, hoje são todos através do facebook, twitter e similares.
Os facebookianos e twitteros não são pessoas acéfalas, muito pelo contrário, conheço pessoas inteligentíssimas, cultas, que não vivem sem esses universos. Sem falar do networking. Contudo, acho triste nossa sociedade atual, onde temos centenas de amigos virtuais e tão poucos reais. Ex-colegas de colégio, faculdade, cursos, trabalhos, não necessariamente são amigos. Sendo sincero, sinto mais falta do meu cigarro amassado, das tragadas, da fumaça invadindo minha boca, dilatando o meu pulmão que da maioria dos “amigos” que já tive. Trocaria lindamente minhas lembranças ao lado deles por um cigarro que não me presenteasse com um câncer no futuro.
Voltando ao universo virtual, observem suas curtidas naquela foto tão linda... Você as trocaria pela de alguém que curtiu com o coração?
É possível que eu seja um arrogante, chatonildo duk.ralho, mas... Me desculpem... Não sou fã de mentiras, nem sou de leão. Logo, não preciso das lambidas alheias.

Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

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