Ultimamente passei a refletir sobre os sites de
relacionamento. É inacreditável o apunhado de mentiras que observamos nesses
ambientes. Há tanta artificialidade e superficialidade. O culto narcisístico é
gritante. Todos são lindos e felizes, vivem aventuras inimagináveis, comem
maravilhosamente, viajam, vão a festas, shows, tem amigos perfeitos e famílias
de comercial de margarina.
Não seria leviano a ponto de criticar os usuários
destes sites disso ou daquilo, mas no fundo a maioria não passa de solitários
atrás de curtidas e comentários. Também se tornou lugar-comum o voyeurismo pela
vida alheia. Desde sempre isso existiu. Antes eram as vizinhas que espionavam
pelos basculantes, hoje são todos através do facebook, twitter e similares.
Os facebookianos e twitteros não são pessoas
acéfalas, muito pelo contrário, conheço pessoas inteligentíssimas, cultas, que
não vivem sem esses universos. Sem falar do networking. Contudo, acho triste
nossa sociedade atual, onde temos centenas de amigos virtuais e tão poucos
reais. Ex-colegas de colégio, faculdade, cursos, trabalhos, não necessariamente
são amigos. Sendo sincero, sinto mais falta do meu cigarro amassado, das
tragadas, da fumaça invadindo minha boca, dilatando o meu pulmão que da maioria
dos “amigos” que já tive. Trocaria lindamente minhas lembranças ao lado deles
por um cigarro que não me presenteasse com um câncer no futuro.
Voltando ao universo virtual, observem suas
curtidas naquela foto tão linda... Você as trocaria pela de alguém que curtiu
com o coração?
É possível que eu seja um arrogante, chatonildo
duk.ralho, mas... Me desculpem... Não sou fã de mentiras, nem sou de leão.
Logo, não preciso das lambidas alheias.
“Porque és o
avesso do avesso do avesso do avesso”
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