segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PRELÚDIO DO INFERNO ou CONDOEIRO


Medo
Infeliz companheiro
Responsável pelas minhas dores
Pelas culpas
Pelos pudores

Medo
Pai das minhas lágrimas
Mãe dos meus pesadelos
Oh! Infeliz companheiro
Ajuda esse amigo agora
Um pedido te faço, amigo
Por favor, vá embora

Eu só queria acordar
Ver que minha vida está normal
Não de pernas pro ar

Não preciso da dor pra escrever
Preciso da segurança do amor
Da tranqüilidade do lar
Do carinho da minha mulher
Da atenção de outrora
De momentos passados
Vividos

Vivi demais para isso?
Morri depois e respiro?
Inferno é passar o que passo
Pagar por males que pago

Quero arrancar do meu peito
Jogar essa dor fora
Colocar no meu rosto um sorriso
Mandar sofrimento ir embora

Não é bem assim
Eu explico
Não sou isso que apavora
Tenho um amor maior aqui dentro
Se é com a ausência que provo
Que eu suma logo de vez
Que o infinito me leve
Se eterno é meu amor
Mantenha viva a lembrança
Pois o setembro é maldito
Presenteou-me com a vida
Devolvo a ele com a morte

Morrem os fracos muito antes de morrerem. Os bravos provam da morte uma única vez

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