Quando se deve parar de viver para o futuro? Nunca? Sempre? Bem, é meio confuso. Pode ser que nem eu esteja entendo direito a minha própria pergunta. Vou tentar explicar.
A maioria das coisas que fazemos é para garantir um futuro, digamos, estável. É pieguice (falo muito essa palavra) dizer que vivemos num mundo globalizado, sem lugar pra todos e apenas os melhores sobrevivem nessa selva... blá blá blá blá blá blá blá... Isto nos impulsiona a viver em prol do vil metal. Mas onde fica o nosso prazer, a nossa paixão, a nossa ideologia, os nossos sonhos?
Lamento informar amigo, mas se seu sonho é ver um mundo mais justo, mais humano, com menos diferenças sociais, econômicas e educacionais – vá dormir agora e continue sonhando.
Não quero ser seco com minhas palavras. Porém, depois da “crise da razão histórica” é meio (pra não dizer muito) complicado acreditar num mundo melhor. Conheço, como sei que vocês também conhecem, inúmeras pessoas que tentam garantir sua estabilidade financeira através da loteria denominada – Concurso Público. É frustrante passar anos na faculdade, estudando como um louco, gastando pilhas de dinheiro comprando livros, tirando cópias (todo mundo sabe que é ilegal, mas...), perdendo manhãs, tardes, noites e madrugadas estudando... e no final... Bem... no final...
– Oi. O que andas fazendo?
– Passei no concurso da Caixa. Só estou esperando ser chamado. E tu?
– Bem, eu não fiz esse porque tava estudando pra Polícia Federal? Agente, sabe? Dá mais dinheiro.
– E o mestrado, tais fazendo?
– E, cara. Desisti. Arrumei um trabalho e não dava pra conciliar, fora que tem o cursinho pro TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá. É cadastro de reserva, mas pode ser que chamem até 2012.
– Boa sorte, então. Bom te encontrar. Quem sabe a gente não bota nosso papo em dia sobre política e economia como fazíamos nos barzinhos da vida universitária. Eu fazendo Filosofia e você Ciências Sociais. Tinha também aquela galera de História, lembra?
– Como não? Como poderia esquecer? Pode ser nostálgico... Mas, como na música... Belos tempos. Velhos dias.
A maioria das coisas que fazemos é para garantir um futuro, digamos, estável. É pieguice (falo muito essa palavra) dizer que vivemos num mundo globalizado, sem lugar pra todos e apenas os melhores sobrevivem nessa selva... blá blá blá blá blá blá blá... Isto nos impulsiona a viver em prol do vil metal. Mas onde fica o nosso prazer, a nossa paixão, a nossa ideologia, os nossos sonhos?
Lamento informar amigo, mas se seu sonho é ver um mundo mais justo, mais humano, com menos diferenças sociais, econômicas e educacionais – vá dormir agora e continue sonhando.
Não quero ser seco com minhas palavras. Porém, depois da “crise da razão histórica” é meio (pra não dizer muito) complicado acreditar num mundo melhor. Conheço, como sei que vocês também conhecem, inúmeras pessoas que tentam garantir sua estabilidade financeira através da loteria denominada – Concurso Público. É frustrante passar anos na faculdade, estudando como um louco, gastando pilhas de dinheiro comprando livros, tirando cópias (todo mundo sabe que é ilegal, mas...), perdendo manhãs, tardes, noites e madrugadas estudando... e no final... Bem... no final...
– Oi. O que andas fazendo?
– Passei no concurso da Caixa. Só estou esperando ser chamado. E tu?
– Bem, eu não fiz esse porque tava estudando pra Polícia Federal? Agente, sabe? Dá mais dinheiro.
– E o mestrado, tais fazendo?
– E, cara. Desisti. Arrumei um trabalho e não dava pra conciliar, fora que tem o cursinho pro TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá. É cadastro de reserva, mas pode ser que chamem até 2012.
– Boa sorte, então. Bom te encontrar. Quem sabe a gente não bota nosso papo em dia sobre política e economia como fazíamos nos barzinhos da vida universitária. Eu fazendo Filosofia e você Ciências Sociais. Tinha também aquela galera de História, lembra?
– Como não? Como poderia esquecer? Pode ser nostálgico... Mas, como na música... Belos tempos. Velhos dias.

Bem, amigos (Estranho. Isso me fez lembrar o Galvão Bueno), como diria Lourenço (Personagem de Selton Mello no filme “O cheiro do ralo”, adaptação do livro homônimo do cartunista Lourenço Mutarelli) – “A VIDA É DURA”.
Se você acredita que não é bem assim. Que só os fracos desistem dos seus princípios e das suas ideologias (isso existe no plural?)... Bom pra você. Infelizmente, os dirigentes da Companhia de Distribuição de Energia Elétrica, o proprietário do apartamento que moro, a Wallmart e o Abílio Diniz, não aceitarão o meu IdeologiaCard. Embora, ele me dê até 40 anos de reflexão grátis. Depois disso é cobrado uma anuidade de um ano da sua vida, para o resto dela, para você pensar e ver quem é você, ou pelo menos em quê ou quem você se transformou.
“Os escravos servirão. Viva a Sociedade Alternativa”.
Se você acredita que não é bem assim. Que só os fracos desistem dos seus princípios e das suas ideologias (isso existe no plural?)... Bom pra você. Infelizmente, os dirigentes da Companhia de Distribuição de Energia Elétrica, o proprietário do apartamento que moro, a Wallmart e o Abílio Diniz, não aceitarão o meu IdeologiaCard. Embora, ele me dê até 40 anos de reflexão grátis. Depois disso é cobrado uma anuidade de um ano da sua vida, para o resto dela, para você pensar e ver quem é você, ou pelo menos em quê ou quem você se transformou.
“Os escravos servirão. Viva a Sociedade Alternativa”.
Um comentário:
Sábias são as palavras de Lourenço!
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