quinta-feira, 28 de agosto de 2008

REFLETINDO-ME ou APENAS MAIS UMA


Quisera eu ser um gênio
De uma lâmpada
Gênio

Desejos teus realizaria
Quiçá até aumentaria
A paciência
Aquela tão gasta com o tempo
Aquela tão rara
Como a rara vida
Rara

Difícil a metamorfose não seria
De ambulante à megalomania
De um empresário a um Wicca – feitiçaria

Pena não ser santo
Mesmo que sangue chore
O sangue azeda
Sede não mata
Deixa cheiro, rastro, mancha

Mancha mais um canal
Um canal lacrimal
Uma estação de TV
Uma TV em que pudesse te ver
Te ver e te ter
E nada a fazer
O impossível era pra ser
Real
Real ficção

Ponte sem função
Com-fusão
Com funções
Ligar dois pontos
Duas colinas
Dois morros
Dois corações

Meu coração
Ligado ao seu está
Mesmo que tenha que apelar
Pra pobres rimas
Pobres

Pobres dos tolos corações
Corações que duvidam do poder que tem
Sem saber que deles é que vêm
A chama da vida
Mesmo uma bandida vida
Vida Louca
Vidas passadas

De vidas passadas conheço
Teus olhos pequenos
Teu jeito criança
Teu sorriso bobo
Teu olhar de pidona
Menina bobona
Bobona menina
Que de menina odeia ser chamada

Chamada de meu amor
Minha flor
Meu bebê
Te dou vários nomes pra escolher

Só quero ser o seu
Bobo
Garoto bobo
Microfone na mão
Sem nenhuma razão
Razão nenhuma que diz
Numa terra feliz
Pudor onde não sei
Cantando “Robocop Gay”

Garoto impossível
Metido
De atenção – centro
Centrismo – Ego
Super
Super – Eu
Super-Ego
Super-Homem

Homem
Apenas que sou
Sem luz própria
Apenas refletindo
Refletindo o que quero
Refletindo o que sou
Refletindo a luz
Luz do meu amor

É que eu preciso dizer que eu te amo... Tanto.Tanto. Tanto... Te quero tanto”.

Nenhum comentário: