segunda-feira, 16 de março de 2009

MALTHUS, SEXO E A INTERNET ou MENTE NOIR E PORNOGRAFIA NO AR


Existem no mundo mais ou menos sete bilhões de habitantes. Desses, uma infinidade não tem a menor idéia do que se passa ao seu redor. Enquanto num estalar de dedos: morre uma criança em decorrência da fome, outra morre vítima da AIDS; alguém acaba de reclamar da vida, outro acaba de cometer suicídio; uma mulher ganhou um presente, outra mais uma surra; um rapaz teve sua primeira experiência sexual, outro falou aos pais que era gay; mais um banqueiro enriqueceu, outro trabalhador desempregou-se; um doente curou sua gripe, outro descobriu um câncer; pais tiveram seu primeiro filho nos braços, filhos choram a morte de seus pais; um aluno tirou uma nota dez, outro perdeu o ônibus da escola; um cliente não pagou sua dívida, outro usou seu cartão para comprar. Enquanto tudo isso acontece inúmeras pessoas estão conectadas, vendo pornografia na internet. Desconheço quem nunca tenha feito uso desse costume. Quando o assunto é sexo a cabeça fecha-se a todos os outros estímulos, não importando absolutamente mais nada. Nenhum animal está imune a sexualidade, com exceção aos assexuados. No topo da lista dos sexuados aparecemos nós, adoradores de uma bela dose de sexo suado.

Peraí, Rafael! Onde você está querendo chegar? Qual a relação de tudo isso?

Bem, amigos (Galvão de novo não)... Vivemos a terceira maior onda ocultista da História da Humanidade, o personagem literário mais conhecido no mundo é um bruxo adolescente, o escritor brasileiro mais conhecido e influente é um “mago”, incontáveis pessoas lêem horóscopo diariamente, consultam astrólogos, oráculos, espíritos, cartomantes, ciganas, tem medo do Armagedon, do Apocalipse, do fim-dos-tempos, do fim-do-mundo, do Nostradamus e da Mãe Dinah. Temos medo, sobretudo do próprio homem. O homem que destrói a natureza, que reclama do calor, que fala do aquecimento global, que culpa o vizinho, que joga o lixo na rua, que escova os dentes com a torneira aberta, que vive de dieta, que joga metade do almoço no lixo, que se entope de enlatados, que não vive sem tecnologia, que é programado pela televisão, que não se imagina sem dinheiro... Todos os homens, medrosos ou não, culpados ou não, foram frutos de uma bela trepadinha. Bem, nem todos. Tem a fertilização em vitro, mas “isso” são outros quinhentos.

Quando a “profética” Teoria Malthusiana (lembra da Teoria Malthusiana, né? Thomas Malthus e tal. “O homem cresce em progressão geométrica e os alimentos em progressão aritmética"... PG e PA... Geografia + Matemática) foi criada o mundo nem sequer vislumbrava o caos que é hoje e a internet não tinha sido esboçada nem na mente de Leonardo da Vince (a menos que o Dan Brown escreva isso em "O Código da Vince 2: Os bits e os bytes da linguagem binária descrita por Leonardo na Era Renascentista”). Hoje todos, ou a maioria das pessoas tem medo da morte ou que o mundo se acabe ou que a vida se extinga em menos de dois séculos. O sexo, ou melhor, a reprodução é o meio que normalmente existe para a preservação da espécie e o prazer é algo largamente buscado desde a liberação sexual do século XX. Contudo, nenhum século foi tão destrutivo quanto este. Mas grande parte da população mundial tem noção disso ou tem acesso a isso (pelo menos quem tem internet). Então, parem de procurar putaria na internet e façam alguma coisa útil. Num estalar de dedos a vida de muita gente acontece e muda. Sem querer ser politicamente correto e já sendo... Mude seus hábitos, a sua vida... MUDE O MUNDO.



"É que a televisão me deixou burro, muito burro, demais."

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