terça-feira, 10 de março de 2009

MUITO ESTRANHO ou MEU PIOR POST


Sei que já fiz inúmeras coisas, mas deixei muitas mais por serem feitas. No próprio blog deixo muitas vezes que a preguiça ou a falta de tesão coloque-o no ostracismo. Certa vez comentei com uma amiga que minha vida estava entre o ócio e o ostracismo. Era novembro do ano passado, eu tinha quebrado a mão, perdido todo meu dinheiro, grande parte da minha dignidade, minha mulher estava viajando com outros mestrandos... Eu estava só. Minha casa havia virado um belíssimo chiqueiro. Alimentava-me de comidas prontas, muitas frituras, quilos de salgadinho, litros e mais litros de refrigerante, e, sobretudo, Heineken e Smirnoff Ice. Eu não passava de um paramécio. Minha barba e meus cabelos lembravam ao de um náufrago. Embora minha barba seja tão rala quanto o cabelo do Cebolinha. Mas por que estou falando isso? Por que não estou escrevendo um artigo, um conto, uma poesia ou algo do gênero? A verdade é que hoje eu quis ser eu simplesmente, sem máscaras, sem personagens, sem metáforas, sem linguagem poética ou figurativa.
Eu adoraria ter escrito várias músicas que não escrevi, vários livros que não escrevi, vários filmes que não fiz, vários quadros que não pintei... Como diria meu grande amigo Raul: “Tem dias que a gente se sente um pouco, talvez, menos gente. Um dia daqueles sem graça, de chuva cair na vidraça. O tempo parece parado”.
Pois é, amigos, roubando a frase de Caetano: “Hoje não tem Fernando Pessoa”. Então, peço desculpas e por agora contentem-se com um lado EU, um lado José Rafael Monteiro Pessoa.



"Eu queria jogar, mas perdi a aposta."

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