quinta-feira, 5 de março de 2009

SUFOCANDO ou ÓBVIO ASSIM

Não me cale
Não tenho nada
São apenas papel e caneta
Simples palavras

Não se enfureça
A verdade por mais que doa é pra que você cresça
Não seja tão arrogante, você é finito
Um microscópico câncer destrói do bebê ao gigante, do herói ao bandido

O mundo é pequeno com ser humano demais
Onde várias pessoas se julgam capaz
Mundo globalizado, competitivo, voraz
Palavras repetidas e óbvias, fatais

Quantas estrelas são astros?
Quantos astros são bons?
Quantos bons estão perdidos?
Milhões de escritores, cantores e poetas fudidos

É foda ver, ter e ser
Escritor barato
Escritor marginal
Escrever contos infantis e de putas que chupam meu pau

Pensamentos a mil
Tanta informação
Pensamentos demais na cabeça, muita confusão
Na garganta mais um rivotril
Pobre na favela não tem... PUTA-QUE-O-PARIU

Não criei esse mundo, apenas vivo
Não quero viver nem me matar
Muito menos morrer ou ficar parado pra ver
Mais um dolorido assassinato ou um sem sentido suicídio

Desça do parapeito
Enfie essa arma em seu rabo
Procure escrever besteiras, falar baboseiras, curtir um barato
Viaje, trepe, sinta prazer
Já que estamos nesse mundo vamos fazer...
No momento é só
Sem mais nada dizer



"O poeta não morreu. Foi ao inferno e voltou."

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